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Processamento de soja em Mato Grosso impulsiona aumento das margens industriais

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Mato Grosso — O setor de processamento de soja em Mato Grosso voltou a ganhar força em outubro, após um período marcado por paradas técnicas e ajustes industriais. De acordo com levantamento divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o estado registrou o esmagamento de 930,59 mil toneladas no mês, um crescimento de 6,91% em relação a setembro. A retomada de unidades que estavam temporariamente inativas foi determinante para o avanço.

Queda anual reflete menor demanda por farelo e óleo

Embora o desempenho mensal tenha sido positivo, o volume esmagado ficou 10,96% abaixo do registrado em outubro de 2024. Segundo análise do Imea, a redução está associada ao arrefecimento da demanda por farelo e óleo de soja, comportamento típico deste período do calendário agroindustrial, quando a procura por coprodutos costuma cair.

Esse movimento, no entanto, não altera o cenário estrutural do setor. As indústrias seguem operando com boa capacidade, e a disponibilidade de matéria-prima permanece elevada — fatores que sustentam o desempenho ao longo de 2025.

Acumulado do ano confirma avanço de 2,6% no processamento

De janeiro a outubro, Mato Grosso contabilizou o processamento de 10,88 milhões de toneladas de soja, alta de 2,60% frente ao mesmo período do ano passado. De acordo com analistas, o crescimento é resultado da combinação entre ampla oferta de grãos, expansão da capacidade industrial e forte demanda observada no primeiro semestre, especialmente nos setores de alimentação animal e produção de biodiesel.

Regiões com forte presença industrial, como Rondonópolis e Sorriso, continuam liderando o processamento estadual, reforçando o papel estratégico do segmento na economia mato-grossense.

Margens industriais sobem 8,6% e animam o setor

Além da retomada do esmagamento, outubro também foi positivo para a lucratividade das indústrias. As margens brutas alcançaram a média de R$ 473,28 por tonelada, avanço de 8,59% em relação a setembro. O Imea destaca que a melhoria decorre principalmente da queda mais intensa nos preços da soja em grão, movimento que não se repetiu com a mesma força nos coprodutos, ampliando o diferencial positivo para as fábricas.

Esse cenário cria condições favoráveis para que o setor mantenha ritmo firme nos próximos meses, especialmente com a aproximação da nova safra e o fortalecimento dos estoques de passagem — fatores que tendem a sustentar custos mais baixos na aquisição da matéria-prima.

O processamento de soja é um dos pilares da cadeia agroindustrial de Mato Grosso e desempenha papel central na geração de valor agregado. A expansão do parque industrial nos últimos anos e o crescimento do consumo de farelo e óleo — tanto no mercado interno quanto nas exportações — vêm impulsionando a importância do estado no cenário nacional.

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Com avanço no esmagamento, margens aquecidas e desempenho anual positivo, Mato Grosso mantém sua liderança industrial no setor de soja e finaliza outubro com sinais sólidos de estabilidade operacional. A tendência é que a combinação entre oferta abundante, eficiência industrial e demanda internacional siga determinando a dinâmica do mercado até o início de 2026.

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Fonte: cenariomt

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