O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o acidente doméstico que sofreu no banheiro no mês passado resultou em uma “batida muito forte” da cabeça e que ele achou que “tinha rachado o cérebro”. As declarações foram dadas em trecho de entrevista à RedeTV divulgado nesta quarta-feira, 6.
O petista destacou que vai continuar fazendo exames periódicos e que está tomando muitos remédios. Ele completou ainda que considera batida na cabeça um problema muito sério.
Lula se desequilibrou e caiu de um banco enquanto cortava as unhas. Com a queda, o presidente bateu a cabeça e precisou levar pontos, além de ter sofrido uma pequena hemorragia. Por isso, precisou passar por exames ao longo da semana.
“Eu caí de onde eu nunca deveria ter caído”, afirmou Lula. “Veja, eu cheguei 16h30 no sábado, em casa, vindo de São Paulo e eu sentei para cortar a minha unha, cortei minha unha, lixei minha unha, sentado num banquinho que eu sempre sentei.”
“E atrás do banco que estava sentado tem o espelho, as gavetas onde guardam as coisas e uma hidromassagem, grande, de 1,5 metro de altura”, acrescentou. “Eu estava sentado.”
Ele prosseguiu: “Quando eu fui guardar o estojo, ao invés de mexer com o banco, eu mexi só com o corpo”.
“O dado concreto é o seguinte: que não teve mais espaço e aí a minha bunda não levitou”, destacou. “Então eu caí e bati com a cabeça. Foi uma batida muito forte, saiu muito sangue, eu achei que tinha rachado o cérebro, rachado o casco.”
O presidente foi levado imediatamente para a unidade de Brasília do Hospital Sírio-Libanês, onde percebeu que a situação era mais séria do que pensava.
“Eu achei que era uma coisa muito mais grave”, relatou Lula. “A batida mexeu com o cérebro, estou fazendo ressonância magnética a cada três dias. Agora vou fazer uma última, uma última não, fazer uma no domingo para ver se estou 100% curado.”
Por recomendação médica, Lula precisa evitar viagens aéreas prolongadas, o que levou ao cancelamento de compromissos internacionais, como a participação na Cúpula do Brics, em Kazan, Rússia.
O justificou inicialmente a suspensão das viagens aéreas como uma estratégia para priorizar outras agendas, como a Cúpula do G20, no Rio de Janeiro.
“Ao mesmo tempo estou tomando muitos remédios para prevenção”, completou. Eu vou me cuidar até que os médicos dizer ‘você está apto outra vez’. Porque a batida na cabeça é sempre uma coisa muito delicada.”
“Os médicos me dizem que é preciso uns 15 dias, 20 dias, até 30 dias para saber os efeitos efetivamente que o tombo causou”, acrescentou. “E eu estou bem, estou trabalhando normalmente. Só posso dizer que a batida foi muito forte.”
Fonte: revistaoeste