A condenou Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como Orelha, por auxiliar os assassinos da vereadora Marielle Franco. Segundo as investigações, ele é responsável por eliminar o carro usado no crime. O veículo era um GM modelo Cobalt.
A sentença foi proferida pelo juiz Renan de Freitas Ongaratto, da 39ª Vara Criminal. Esta é a primeira condenação relacionada à investigação do atentado.
Dono de um ferro-velho, Orelha está preso desde o final de fevereiro. A Justiça o sentenciou a cinco anos de prisão por obstruir a investigação de delito envolvendo organização criminosa.
Em agosto de 2023, o apresentou denúncia. Nela, o Gaeco acusou Orelha de dificultar as investigações e destruir o veículo em um desmanche no Morro da Pedreira, na Zona Norte do Rio.
Orelha tinha relações com e Élcio de Queiroz. A Justiça prendeu a dupla como executora do crime. Conforme a delação premiada de Élcio, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, que também está preso, foi quem acionou o dono do ferro-velho para se desfazer do carro.
O juiz escreveu que Orelha “tinha consciência da gravidade das infrações penais que estavam sendo investigadas”. Acrescentou que o réu estava ciente da importância de uma solução rápida pelo Poder Público, especialmente em razão da ampla cobertura midiática do caso.
A destruição do veículo, segundo o juiz, dificultou as investigações, “reforçando a sensação de impunidade”. O magistrado também afirmou que Orelha agiu com dolo ao obstruir as investigações. Ongaratto disse que ficou comprovado que Orelha sabia do histórico do veículo.
Desde a ocorrência do crime, a Polícia Civil trabalhava para identificar quem era o condutor registrado oficialmente. Os agentes encontraram indícios de que criminosos clonaram o veículo que estava nas ruas desde 2016. Sistemas de vigilância eletrônica registraram, pela última vez, imagens do GM em dezembro de 2018.
Fonte: revistaoeste