O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, classificou como “absurda” a sanção imposta pelo governo norte-americano a dois brasileiros vinculados ao programa Mais Médicos. Durante inauguração de uma nova etapa da fábrica de hemoderivados da Hemobrás, em Pernambuco, Padilha chamou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de “inimigo da saúde”.
Segundo o ministro, o atual presidente norte-americano adota uma postura contrária à ciência desde o início de seu mandato, cortando recursos para a produção de vacinas e incentivando uma “perseguição” a pesquisadores no país. Ele afirmou que muitos profissionais estão migrando para o Brasil para trabalhar em instituições como a Hemobrás e a Fiocruz.
Padilha também lembrou que Trump retirou financiamento dos EUA à Organização Mundial da Saúde e rompeu contratos para produção de vacinas, inclusive as de tecnologia RNA mensageiro. O ministro criticou ainda a decisão de Washington de revogar os vistos de Mozart Sales e Alberto Kleiman, além de suas famílias, por sua participação na criação do Mais Médicos.
Em defesa do programa, Padilha destacou que ele conta atualmente com mais de 28 mil médicos, sendo 95% brasileiros, e ampliou o acesso de jovens à formação em medicina. “O programa salva vidas e é aprovado pela população brasileira”, afirmou.
As sanções foram justificadas pelo governo dos EUA sob a alegação de que os envolvidos seriam cúmplices de “trabalho forçado” de médicos cubanos. Após a medida, Mozart Sales também defendeu a iniciativa, ressaltando que ela levou atendimento básico a comunidades carentes e melhorou a saúde de milhões de pessoas.
Fonte: cenariomt