Sophia @princesinhamt
Notícias

Vereador de Cuiabá vira réu por chefiar esquema ligado ao Comando Vermelho: suspeita de crime.

2024 word3
Grupo do Whatsapp Cuiabá

– O vereador de Cuiabá Paulo Henrique (MDB) foi oficialmente transformado em réu nesta quarta-feira (13) por decisão do juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, que aceitou a denúncia contra ele e outros quatro acusados de integrarem um esquema de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. A denúncia é resultado das investigações da Operação Ragnatela, que identificou a atuação de Paulo Henrique como líder do grupo criminoso.

Na decisão, o magistrado afirmou que há indícios suficientes para iniciar a ação penal. “Recebo a denúncia oferecida em face dos réus supracitados, por satisfazer os requisitos legais, vez que amparada em indícios de autoria e materialidade”, pontuou o juiz no documento. O vereador e os demais réus têm agora um prazo de 10 dias para apresentar defesa.

Além de Paulo Henrique, se tornaram réus José Márcio Ambrósio Vieira, José Maria Assunção, Rodrigo Anderson de Rosa, e Ronnei Antônio Souza da Silva. Segundo a denúncia, o vereador teria utilizado sua posição política e seu cargo de presidente do dos Agentes Fiscais de Cuiabá (Sindarf) para favorecer eventos promovidos pelo Comando Vermelho, prejudicando estabelecimentos concorrentes em troca de pagamentos ilícitos.

Movimentação de R$ 20 milhões

De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a suposta organização criminosa movimentou cerca de R$ 20 milhões e contava com a influência de Paulo Henrique para coordenar as ações dos fiscais municipais em benefício da facção. O vereador seria o responsável por distribuir os pagamentos de suborno aos fiscais envolvidos, com valores entre R$ 2 mil e R$ 5 mil, de acordo com cada situação.

Em um dos destacados pela denúncia, fiscais foram mobilizados para barrar a realização de um evento na antiga casa de shows Vitrini, com o objetivo de beneficiar o Dallas Bar, estabelecimento concorrente. Em outra situação, o vereador teria ordenado a de um valor pago após o quiosque Xômano receber uma multa de um fiscal que não fazia parte do esquema. O mesmo fiscal voltou a autuar o local por som alto, e a organização, sem conseguir retirá-lo do posto, teria registrado insatisfação com a situação.

Paulo Henrique chegou a ser preso na segunda fase da Operação Ragnatela, intitulada “Pubblicare”, deflagrada no mês passado.

Fonte: odocumento

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.