Christinny dos Santos
Única News
O psicólogo e gerente de Enfrentamento à Violência Contra Vulneráveis da Polícia Judiciária Civil, João Henrique Magri Arantes, reforçou a importância de conversar sobre corpo e sexualidade com crianças e adolescentes, tanto em casa como nas escolas.
Durante a entrevista concedida ao Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT), em parceria com a Rádio CBN Cuiabá, o psicólogo explicou que tratar desses assuntos pode prevenir a violência sexual, explicando aos nossos filhos aquilo que pode ou não ser feito com eles e seus corpos.
De acordo com o psicólogo, existem vários níveis de estratégia de prevenção, sendo que os principais podem ser realizados em casa e na escola. João Henrique aponta a importância de fazer com que a criança e o adolescente conheçam sua própria rotina e, mais ainda, que os responsáveis se certifiquem de que haja pessoas ‘protetivas’ ao redor deles.
“[É importante] ter o hábito de conversar sobre questões de sexualidade e questões do próprio corpo com crianças e adolescentes, explicando, como se fosse um “pacto” na família, quem são as pessoas que têm acesso ao corpo das crianças, para quê e de que forma”, explicou o psicólogo.
Além disso, também é importante explicar o que é cuidado ‘de verdade’ e que falas ou ações podem ser usadas como uma desculpa pelo abusador, mas, na verdade, não têm a intenção de proteger a criança ou o adolescente. Também é ideal que elas entendam quais partes do corpo podem ser comumente tocadas.
“Falar nas escolas sobre direitos da criança e do adolescente, violação de direito, que é violência sexual, sobre o corpo e suas partes, sobre como funciona também, é uma forma de prevenção, explica o psicólogo. Isto porque, dessa forma, crianças e adolescentes podem identificar que estão sofrendo violência, aprendendo o que não é normal”, diz.
Disque 100
A violência sexual pode e deve ser denunciada. É possível realizar denúncias através do Conselho Tutelar, Delegacia, Vara da Infância e Juventude, ao Ministério Público, por meio de uma ligação anônima e gratuita ao disque 100, 190 ou ainda utilizando o aplicativo SOS infância.
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Fonte: unicanews