Conteúdo/ODOC – A Justiça do Rio de Janeiro livrou o médico Denis Furtado, conhecido como “Doutor Bumbum”, de ir a júri popular pela morte da bancária cuiabana Lilian Quezia Calixto de Lima Jamberci, aos 46 anos. O caso ocorreu em julho de 2018. A decisão foi dada pelo juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte, da 1ª Vara Criminal do Rio de Janeiro.
O magistrado desclassificou a denúncia de homicídio doloso, quando há intenção de matar, para homicídio culposo, quando não há intenção.
A decisão também beneficiou a mãe do médico, Maria de Fátima Barros Furtado, a namorada dele, Renata Fernandes Cirne, e Rosilane Pereira da Silva. Elas trabalhavam com “ajudantes” do “Doutor Bumbum”.
Na decisão, o juiz afirmou que os depoimentos colhidos durante o processo criminal não trazem indícios suficientes de que eles agiram com intenção de matar a vítima. “Em não estando evidenciado que os acusados agiram com dolo de matar, tem-se que o fato não configura, em tese, delito doloso contra a vida, impondo-se a desclassificação para o Juízo singular”, escreveu o magistrado.
Relembre o caso
Lilian morreu no dia 15 de julho de 2018 em um hospital do Rio de Janeiro horas após realizar um procedimento estético com uso de PMMA (polimetilmetacrilato) no apartamento do médico, na Barra da Tijuca.
Um laudo do Instituto Médico Legal do Rio indicou que a bancária teve embolia pulmonar – quando o fluxo sanguíneo do pulmão é interrompido. O laudo também apontou quadro de choque, com falência de órgãos como fígado e rim.
O “Doutor Bumbum” chegou a ser preso por conta dos fatos, mas conseguiu responder o processo em liberdade. Em depoimento à polícia, ele admitiu que aplicou cerca de 300 ml de PMMA – um derivado do acrílico – na paciente. O produto tem uso permitido pela Anvisa, mas em pequenas quantidades.
Fonte: odocumento