Duas ativistas do grupo ambientalista foram condenadas por jogar sopa de tomate no quadro Girassóis, obra-prima de Van Gogh, na National Gallery, em Londres. O julgamento aconteceu nesta sexta-feira, 27.
Phoebe Plummer, de 23 anos, foi condenada a uma pena de dois anos de prisão. Anna Holland, de 22 anos, recebeu uma sentença de um ano e oito meses de prisão. .
A obra não sofreu danos graças a uma chapa de vidro que a protegia. Apenas um pedaço da moldura da pintura foi atingido. “Vocês não tinham o direito de fazer o que fizeram com os Girassóis“, afirmou o juiz Christopher Hehri, que condenou as duas jovens.
No Instagram, é possível ver o momento em que o grupo ataca o quadro. “A arte vale mais que a vida, mais do que comida, mais do que Justiça?”, indagou o movimento, na rede social.
Greenpeace lamenta condenação de ativistas
A ONG Greenpeace considerou que a condenação aplicou uma “pena desproporcional para uma manifestação que causou apenas danos menores a uma moldura de quadro e nenhum dano à tela em si”.
Will McCallum, diretor-executivo da Greenpeace no Reino Unido, declarou que “esta é uma nova etapa sombria na repressão às manifestações pacíficas conduzida pelo último governo”.
Na ocasião, o grupo Just Stop Oil exigia o fim imediato de novos projetos de petróleo ou gás no Reino Unido. Em junho, ativistas da mesma organização vandalizaram a estrutura Stonehenge, classificado como Patrimônio Mundial pela Unesco.
Girassóis, de Van Gogh
Girassóis é o nome de duas séries de pinturas de natureza-morta feitas pelo pintor holandês Vincent van Gogh. A primeira série, criada em Paris em 1887, mostra os girassóis deitados no chão, enquanto a segunda, feita um ano depois em Arles, retrata um buquê de girassóis em um vaso.
As séries foram criadas como preparação para a chegada de seus colegas pintores Paul Gauguin e Émile Bernard. Van Gogh esperava poder fundar, com eles e outros artistas, uma colônia de pintores na Provença, região no sudeste da França.
Sobre as obras, Van Gogh escreveu: “Tudo será uma sinfonia em azul e amarelo”, e revelou seu cotidiano de artista. “Tabalho todas as manhãs desde o nascer do sol, porque as flores murcham rápido, e tudo precisa ser pintado de uma só vez.”
Fonte: revistaoeste