Barbra Streisand, ícone da música e do cinema norte-americano da década de 60 lançou um livro, uma biografia recheada de histórias sobre a sua vida artística. As 992 páginas do livro, fazem jus à história e carreira extensa da atriz, diretora e cantora de voz potente, que passou por muita coisa e deu a volta por cima!
Foram 81 anos até que o primeiro livro de memórias de Barbra saísse. Com nome de “My name is Barbra” (em português – Meu nome é Barbra), a biografia é um convite às dúvidas, raiva, ardor, mágoas, orgulho e glória da artista. A obra começa na infância de Barbra, que cresceu em meio à classe trabalhadora do Brooklyn, década de 40.
A primeira chance para brilhar veio em “Funny girl”, na Broadway, em 1964. Dali em diante, a carreira cinematográfica deslanchou e Barbra se tornou um ícone. “Ter influenciado algumas pessoas a fazerem o que queriam me dá uma verdadeira alegria. Saber que eu dei a elas algum tipo de coragem”, disse a precursora das divas pop.
Uma das maiores vozes da história
Dona de uma das vozes mais bonitas, fortes e afinadas da história da música mundial, Barbra demorou para lançar seu primeiro livro de memórias, mas agora ele veio com tudo!
Barbra teve um romance rápido com o então príncipe Charles, mantém amizade até hoje com Kris Kristofferson, depois do sucesso da versão do filme “Nasce Uma Estrela”, de 1976 e fez grandes parcerias na música com os Bee Gees, Celine Dion, Donna Summer, Billy Joel, Stevie Wonder, Lionel Ritchie, entre outros.
Como tudo começou
A história começa lá no Brooklyn, uma menininha que tinha o sonho de se tornar algo muito maior.
Em 1964, a atriz ganhou uma grande chance que mudaria sua vida: “Funny girl (1964)”.
A carreira cinematográfica foi o que fez de Barbra a maior atriz da década de 1970. Foram vários álbuns populares, especiais de TV, prêmios, críticas e muito mais.
Ao longo dos 81 anos, muita história. Apesar de ter vivido muita coisa, ela confessa que não gostou de reescrever o passado.
“Fiquei entediada. Eu realmente não queria reviver minha vida”, disse. Além disso, outra coisa a incomoda no livro: o tamanho.
“Eu queria dois volumes… Quem quer ter um livro pesado como esse nas mãos”? Os fãs, Barbra, os fãs!
“Meus pensamentos”
O prazo de entrega de 2 anos do livro se estendeu. Foram 10 anos de produção! A demora tem um motivo: a cautela da estrela.
Enquanto avançava, a atriz revisitava as memórias e o passado.
“Se você quiser ler sobre mim daqui a 20 ou 50 anos, se ainda existir alguém, essas são as minhas palavras, são meus pensamentos”, confessou.
No livro, ela não esconde nada. Seus pensamentos mais profundos fluem, os nomes são ditos e há até mesmo um “pouco de sangue” nas páginas, segundo Christine Pittel, editora da versão.
Ao escrever, ela surpreende os fãs e a si mesma. Com o crédito de “dirigido por” em três filmes, Barbra revelou que não sabia dessa aspiração para a gestão.
“Eu não sabia disso, sobre essa tendência para gestão, planejamento, visão, autoridade e obediência aos seus instintos. Mas, escrevendo o livro, eu descobri. Basicamente, eu fazia isso, sabe, quando tinha 19 anos… Eu até mesmo mostrava à minha mãe como fumar”, disse.
Sexismo no cinema
Foi nos palcos e nas telinhas que ela também passou seus piores momentos.
Ao colaborar com Sidney Chaplin, em um dos filmes, sofreu machismo do colega de equipe.
Sidney queria um flerte que compartilhou com a atriz, mas Barbra, por sua vez, queria manter tudo profissionalmente.
Com a recusa, o ator passou a desferir insultos e palavrões no ouvido de Barbra, mesmo na frente do público.
O caso continuou rendendo, mesmo em outra produção. Quando chegou a hora de filmar “Hello, Dolly!”, a atriz não conseguia entender porque o colega de elenco Walter Matthau, e o diretor, Genny Kelly, eram tão hostis.
Ao confrontar Walter, ela teve a resposta. “Você magoou meu amigo”, disse referindo-se a Chaplin.
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Superação e força
Apesar da condição, isso não foi suficiente para derrubá-la.
Ela nunca parou de dar o melhor de si, mesmo que a experiência com Sydney a deixasse com medo dos palcos para o resto da vida.
“Quando eu era mais jovem, acho que eles tinham um preconceito, sabe, porque talvez eu fosse indiferente ou algo assim. E eu era cantora, mas queria ser atriz. E então, como atriz, eu queria ser diretora”, contou.
E ela continuou, comprando várias lutas, perdendo muitas delas, mas no final sagrou-se vencedora.
Implacável, assim definida por Tom Rothman, chefe da Sony Pictures, Barbra tornou-se uma lenda.
“Barbra quebrou muitas fronteiras não apenas artísticas, mas também para artistas mulheres no mundo do cinema, em Hollywood, em termos de assumir o controle de sua carreira. Tenho um respeito ilimitado por ela”, disse.
No final de tudo, ela olha para trás e tem muito o que comemorar depois de ter inspirado tanta gente.
“Isso é uma recompensa pra mim. Isso me faz sentir muito bem”, contou.
Veja algumas parceiras históricas de Barbra Streisand na música:
Com informações do The Guardian
Fonte: sonoticiaboa