O Governo de Mato Grosso utiliza mão de obra de reeducandos em 100% das construções de unidades prisionais em andamento no Estado, conforme divulgado oficialmente pela Secretaria de Justiça (Sejus-MT). Um dos principais exemplos é a nova unidade prisional de Barra do Garças, no leste do Estado, que alcançou 95% de execução e tem entrega prevista para o início de 2026.
Expansão do sistema penitenciário
Com capacidade para 432 vagas, o presídio de Barra do Garças integra o plano de expansão do Sistema Penitenciário estadual iniciado em 2019. Segundo dados oficiais do governo estadual, o número de vagas mais que dobrou desde então, passando de cerca de 6 mil para mais de 13 mil em 2025.
De acordo com a Sejus-MT, a adoção integral da mão de obra de reeducandos faz parte de uma política estruturada de reintegração social, que alia qualificação profissional, remuneração e redução de custos nas obras públicas.
Como funciona o modelo de trabalho
Conforme apurado pela reportagem, a execução da obra ocorre em duas frentes. Um grupo de reeducandos atua na fábrica de soluções de engenharia e pré-moldados instalada junto à Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá. As estruturas produzidas são transportadas até Barra do Garças, onde outro grupo de custodiados realiza a montagem final.
Todos os trabalhadores são remunerados, conforme prevê a Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/1984), que autoriza e regulamenta o trabalho de pessoas privadas de liberdade como instrumento de ressocialização.
Declarações oficiais
Segundo o secretário de Justiça, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, o modelo vem sendo aplicado em todas as unidades construídas no Estado. “Os presídios construídos em Mato Grosso foram feitos com 100% da mão de obra de pessoas privadas de liberdade. Além das unidades prisionais, essa parceria também permite a construção de escolas e moradias, ampliando as chances de empregabilidade após o cumprimento da pena”, afirmou em nota oficial.
O gestor destacou ainda que a nova unidade de Barra do Garças segue padrões modernos de segurança e prevê espaços destinados a trabalho e educação. “Não se trata apenas de ampliar vagas, mas de criar condições reais para a ressocialização”, pontuou.
Outras obras públicas com reeducandos
Além do presídio de Barra do Garças, a mão de obra de reeducandos também foi empregada em:
- Finalização de uma escola estadual no município de Sorriso;
- Ampliação da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá;
- Construção de novos raios na Penitenciária de Sinop;
- Ampliação da Penitenciária de Rondonópolis;
- Obras no Centro de Ressocialização de Várzea Grande.
Investimentos e novas unidades
Entre 2019 e 2025, o Governo de Mato Grosso investiu aproximadamente R$ 380 milhões na infraestrutura penitenciária, segundo balanço oficial da Sejus-MT. Os recursos foram destinados à construção, ampliação e modernização de unidades prisionais, resultando na abertura de 7.796 novas vagas.
Atualmente, há três novas unidades em construção ou fase de contratação: uma em Várzea Grande, na região do Capão Grande, com 432 vagas e obras iniciadas em 2025; e duas unidades femininas previstas para Rondonópolis (232 vagas) e Sinop (120 vagas).
Box informativo
- Base legal: Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/1984)
- Órgão responsável: Secretaria de Justiça de Mato Grosso (Sejus-MT)
- Investimento total (2019–2025): R$ 380 milhões
- Novas vagas criadas: 7.796
Reportagem baseada em informações oficiais da Secretaria de Justiça de Mato Grosso e documentos institucionais do Governo do Estado.
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Fonte: cenariomt






