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Mercedes-Benz vende participação na Nissan em meio à crise: a decisão estratégica em tempos desafiadores

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Antes que o barco afunde: Mercedes-Benz vende participação na Nissan em meio à crise

A Mercedes-Benz vendeu sua participação na Nissan, avaliada em US$ 324,6 milhões, em um momento de crise financeira para a montadora japonesa, que busca se reerguer com um plano de recuperação ousado.

A Nissan está em uma corrida contra o tempo para se recuperar de uma crise financeira que quase a levou a uma fusão com a Honda. E, em meio a essa turbulência, um de seus grandes parceiros do passado decidiu sair do barco. A Mercedes-Benz vendeu sua participação de 3,8% na montadora japonesa.

Mercedes-Benz vende participação na Nissan em meio à crise

O movimento sinaliza o fim de uma era de colaboração e levanta questões sobre a confiança dos investidores no plano de recuperação da Nissan.

A venda, avaliada em US$ 324,6 milhões, foi justificada pela Mercedes como parte de uma “limpeza de portfólio” de seu fundo de pensão. No entanto, o momento da transação, em meio às dificuldades da Nissan, não passou despercebido pelo mercado.

A venda da participação marca o fim da estreita colaboração entre a Nissan e a Daimler, controladora da Mercedes, que começou em 2009. A parceria rendeu projetos notáveis, como a produção conjunta do Mercedes-Benz Classe GLA, que foi rebatizado como Infiniti QX30, e a picape Nissan Navarra, que deu origem à Mercedes-Benz Classe X em outros mercados.

Enquanto a Mercedes se afasta, a Renault, principal acionista da Nissan com 35,7% de participação, também está reduzindo seus laços financeiros, embora mantenha uma aliança estratégica.

Nissan passa por uma grande crise sem precedentes - Foto: DivulgaçãoNissan passa por uma grande crise sem precedentes - Foto: Divulgação
Nissan passa por uma grande crise sem precedentes – Foto: Divulgação

O Plano de Recuperação e o Futuro Incerto

Diante do cenário de crise e da pressão de investidores, o novo CEO da Nissan, Ivan Espinosa, revelou o plano de recuperação “Re:Nissan”. A estratégia é agressiva e inclui:

  • Redução da capacidade de produção global: De 3,5 milhões para 2,5 milhões de veículos.

  • Fechamento de fábricas: O número de unidades fabris será reduzido de 17 para 10 até 2027, com fechamentos já confirmados no México e no Japão.

Apesar dos cortes, a Nissan também aposta em novos modelos para reverter o cenário. Estão previstos 10 novos lançamentos até 2027, incluindo o novo Nissan Leaf 2026 e o Rogue, que deve trazer o aclamado sistema híbrido e-Power para os Estados Unidos.

A grande questão que paira sobre a indústria é se essas medidas serão suficientes para restaurar a lucratividade e reconquistar a confiança dos investidores a tempo. A saída da Mercedes é um sinal de que, para alguns, a resposta ainda é incerta.


Você acredita que o plano “Re:Nissan” será suficiente para a montadora se recuperar? Deixe sua opinião nos comentários

Leia aqui: Motor “revolucionário” da Nissan vira alvo de processo por falhas inesperadas

 


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Escrito por

Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.

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Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.

Fonte: garagem360

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