O aumento na oferta de laranjas precoces, como as variedades hamlin e westin, e de tangerinas poncã, vem pressionando os preços da laranja pera no mercado de mesa (in natura). A situação se agrava com os recuos registrados nos valores pagos pela indústria, que reforçam o movimento de desvalorização da fruta no início de safra.
De acordo com levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), na semana de 28 de abril a 2 de maio, a laranja pera foi comercializada a R$ 93,82 por caixa de 40,8 kg, o que representa uma queda de 4,58% em relação à semana anterior.
Considerando o desempenho do mês de abril, a média ficou em R$ 92,46 por caixa, com recuo de 1,75% frente ao mês de março. Analistas do Cepea apontam que o clima ameno também contribui para o desaquecimento da demanda, limitando o consumo da fruta e pressionando ainda mais as cotações.
Com a colheita das variedades precoces em ritmo acelerado e o consumo interno em baixa, o mercado da laranja pera deve continuar sentindo os efeitos dessa combinação nos próximos dias.
Fonte: cenariomt