MATO GROSSO

Maternidade em Mato Grosso: Tendência de Menos Filhos e Idade Avançada das Mulheres

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Uma mudança significativa no perfil da maternidade está ocorrendo em Mato Grosso. Dados recentes do Censo Demográfico 2022 do IBGE confirmam que as mulheres no estado estão tendo menos filhos e em idade mais avançada, acompanhando uma forte tendência nacional.

A taxa de fecundidade total (TFT) de Mato Grosso atingiu 1,85 filho por mulher em idade reprodutiva.

Embora esse número ainda coloque o estado entre os de maior taxa no Brasil (Roraima lidera com 2,19), ele reflete uma queda acentuada em relação ao passado.

Na década de 1960, a média nacional era de 6,28 filhos, caindo para 1,90 em 2010 e chegando a apenas 1,55 em 2022.

Maternidade mais tardia e aumento de mulheres sem filhos

Ainda mais evidente é o adiamento da maternidade. Em 2022, a idade média em que as mulheres mato-grossenses têm filhos subiu para 27,4 anos, um salto de 1,5 ano desde 2010. Essa é uma realidade espelhada no país, onde a média passou de 26,3 anos em 2000 para 28,1 anos em 2022.

Outro ponto que ressalta essa nova dinâmica é o crescimento do número de mulheres entre 50 e 59 anos que não tiveram filhos.

No Brasil, essa parcela subiu de 10,0% em 2000 para 16,1% em 2022. Em Mato Grosso, a porcentagem saltou de 8,3% para 13,6% no mesmo período. O IBGE explica que essa análise é crucial para entender a fecundidade acumulada e os resultados do período reprodutivo dessas gerações.

Diferenças na fecundidade por cor, educação e religião

O Censo também detalha as variações na taxa de fecundidade por diferentes marcadores sociais:

  • Cor ou Raça: Em nível nacional, mulheres pardas apresentam a maior TFT (1,68 filho), enquanto as mulheres brancas têm a menor (1,35).
  • Nível de Instrução: A média de filhos é maior entre mulheres com menos escolaridade (2,01 filhos para aquelas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto). Já as mulheres com ensino superior completo têm a menor TFT: 1,19 filho.
  • Religião: As mulheres espíritas (1,01) e da umbanda/candomblé (1,25) registram as menores taxas. O único grupo com TFT acima da média nacional (1,55) são as mulheres evangélicas (1,74).

Fonte: cenariomt

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