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PolĂ­tica

Governo e Defesa acordam por cortes de gastos na previdĂȘncia militar: entenda os detalhes!

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Com o objetivo de reduzir o , o governo brasileiro, por meio do MinistĂ©rio da Defesa, firmou acordo com a equipe econĂŽmica para implementar cortes na previdĂȘncia dos militares.

Entre quatro medidas, o plano inclui a introdução de uma idade mínima de 55 anos para que militares das possam se aposentar com remuneração — a chamada reserva remunerada.

Essa alteração serĂĄ progressiva e terĂĄ uma regra de transição, uma vez que atualmente a aposentadoria baseia-se em 35 anos de serviço e nĂŁo tem exigĂȘncia de idade mĂ­nima.

Entre as medidas acordadas, destaca-se o fim da chamada “morte fictĂ­cia”. Essa prĂĄtica permitia que famĂ­lias de militares expulsos das Forças por crimes continuassem a receber pensĂ”es. Agora, essas famĂ­lias terĂŁo direito apenas ao auxĂ­lio-reclusĂŁo, conforme a Lei 8.112/90, que regula o benefĂ­cio para servidores pĂșblicos federais.

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Impacto Individual Dos Militares No DĂ©ficit PrevidenciĂĄrio É 17 Vezes Maior Do Que O Dos Aposentados Do Inss | Foto: Reprodução/AgĂȘncia Brasil

Um levantamento do jornal O Estado de S. Paulo mostrou que a Marinha e a AeronĂĄutica pagavam pensĂ”es a 493 familiares de militares considerados “mortos ficticiamente”. Alguns deles sĂŁo condenados por crimes graves, como homicĂ­dio e abuso sexual.

Outra medida do acordo Ă© a restrição da transferĂȘncia de pensĂ”es. Depois da concessĂŁo a beneficiĂĄrios de primeira ordem, como cĂŽnjuges e filhos, nĂŁo serĂĄ mais permitida a transferĂȘncia da pensĂŁo para parentes de segunda ou terceira ordem, como pais e irmĂŁos dependentes.

AlĂ©m disso, estĂĄ prevista a fixação de uma contribuição de 3,5% da remuneração dos militares para o Fundo de SaĂșde, vĂĄlida atĂ© janeiro de 2026. O presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva, na tentativa de equilibrar as contas pĂșblicas, solicitou a inclusĂŁo do MinistĂ©rio da Defesa no pacote de corte de gastos. A decisĂŁo gerou insatisfação entre os altos escalĂ”es das Forças Armadas.

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente e general do Exército, expressou publicamente seu descontentamento com o governo, com uma crítica à medida. No Twitter/X, ele escreveu que o governo Lula quer atacar o Sistema de Proteção Social dos militares e apresentå-lo como o vilão da história.

Dados do TCU mostram que o impacto individual dos militares no dĂ©ficit previdenciĂĄrio Ă© 17 vezes maior do que o dos aposentados do INSS. Em 2023, o dĂ©ficit total da PrevidĂȘncia foi de R$ 428 bilhĂ”es, com os militares contribuindo com R$ 49,73 bilhĂ”es desse montante.

Fonte: revistaoeste

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