Escola em Cuiabá transforma objetos recicláveis para atender pessoas com deficiência (PCDs)

Avaliada no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) de 2023 como a terceira melhor de Cuiabá, a Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Professor Onofre, localizada no bairro Pascoal Ramos, mantém uma sala multifuncional que utiliza itens recicláveis que ganham vida em objetos para auxiliar na aprendizagem de crianças PCDs (Pessoas com Deficiência).

A responsável pelas ações é a professora Eliane Bortolina da Silva, pedagoga e especialista em educação infantil. No espaço, que recebe diariamente crianças com autismo, síndrome de Down e outras neurodivergências, a criatividade e a imaginação ganham espaço.

O jogo de memória, por exemplo, é produzido a partir do aproveitamento de embalagens de lenço umedecido. As caixas de papelão se transformam em fatias de pizzas numéricas e jogos de dominó. O jogo de futebol de botão é feito com caixa de papelão como suporte. As tampas de garrafa são aproveitadas para serem botões.

Uma caixa de papelão com garrafa plástica forma uma minicesta de basquete, onde as bolinhas de plástico são arremessadas a partir de um palito de picolé.

Tudo é devidamente planejado e organizado para aperfeiçoar a atenção, memória, linguagem, raciocínio lógico, memorização, compreensão de imagens e identificação das letras iniciais do alfabeto.

“Os jogos são desenvolvidos de acordo com a necessidade das crianças. Trabalhamos muito a coordenação motora e o melhor aprendizado. Nossos estudantes PCDs são tratados com muito amor, carinho e afeto. Partimos do princípio de que todos devem ter qualidade na educação”, ressalta a professora Eliane Bortolina da Silva.

“O empenho, o compromisso e a dedicação com o trabalho nos levam a uma preocupação com os estudantes PCDs. Queremos educá-los e desenvolver as melhores habilidades, porque a construção das oportunidades na vida começa na escola”, reforça a diretora da escola.

Para usufruir da sala multifuncional, é necessário que o pai ou responsável apresente o laudo atestando a neurodivergência no ato da matrícula. As crianças são autorizadas a frequentar o espaço até duas vezes por semana, pelo prazo máximo de duas horas.