De acordo com o boletim bimestral de avaliação orçamentária, estabelecido pela , o conjunto das empresas estatais federais voltará ao vermelho ainda neste primeiro ano de mandato de Lula em 2023. As projeções foram divulgadas nesta quarta-feira, 22.
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O grupo de 22 empresas estatais deverá fechar o ano com um déficit primário de R$ 4,5 bilhões, o maior prejuízo desde 2009 — ano em que Lula estava em seu segundo mandato à frente da Presidência da República. O desempenho negativo dessas empresas é de apuração da performance fiscal do governo federal.
Empresas como Correios, Infraero e Ceagesp fazem parte desse grupo de companhias que tem previsão de fechar as contas públicas no vermelho. A Petrobras e os bancos públicos não são inseridos nesta contagem.
Estatais estavam com resultados positivos no governo Bolsonaro
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Há um contraste dos resultados das empresas estatais dos últimos anos, uma vez que as companhias vinham a um ritmo de superávits durante o governo Bolsonaro. O único momento que a gestão anterior registou um déficit foi no primeiro ano da pandemia de covid-19, em 2020.
- 2015 — Dilma Rousseff — (-R$ 1,7 bi);
- 2016 — Dilma e Michel Temer — (-R$ 0,8 bi);
- 2017 — Temer — (-R$ 1 bi);
- 2018 — Temer — (R$ 3,5 bi);
- 2019 — Jair Bolsonaro — (R$ 10,3 bi);
- 2020 — Bolsonaro — (-R$ 0,6 bi);
- 2021 — |Bolsonaro — (R$ 3 bi);
- 2022 — Bolsonaro — (R$ 4,8 bi); e
- 2023 — Luiz Inácio Lula da Silva — (-R$ 4,5 bi, projeção).
Depois do impeachment da petista Dilma Rousseff, em 2016, as estatais tiveram um enxugamento de despesas e a restrição de indicações políticas para cargos nos conselhos e nos executivos.
Um déficit para este ano já era previsto. Contudo, o prejuízo estimado agora supera os R$ 3 bilhões previstos na LDO. Quando isso ocorre, o Tesouro Nacional precisa fazer uma compensação da diferença no resultado primário das estatais.
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Gabriel Dias é estagiário da Revista Oeste em São Paulo. Sob a supervisão de Anderson Scardoelli.
Fonte: revistaoeste