O Conselho de Administração da Petrobras aprovou aumento de 44% nos salários do presidente, diretores e conselheiros da estatal, na reunião da quarta-feira 22, mesma data em que os nomes dos sete indicados pelo presidente da estatal, Jean Paul Prates, foram aprovados para um mandato de dois anos.
As decisões do conselho serão submetidas à Assembleia-Geral de Acionistas, prevista para 27 de abril. Se chancelado, o salário do presidente, hoje em cerca de R$ 115 mil, vai passar para R$ 167 mil por mês. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 24, pelo jornal O Estado de S. Paulo. No comunicado ao mercado sobre a aprovação dos diretores, divulgado no fim da noite de quarta-feira, a aprovação do aumento salarial foi omitida.
De acordo com o Estadão, a Petrobras confirmou que a remuneração fixa dos administradores da empresa “estava congelada desde 2016″ e disse que votaram apenas os conselheiros que estão deixando o cargo e não serão beneficiados pelo reajuste. A estatal afirmou, ainda, que com os oito anos de congelamento de salários, a remuneração do presidente passou a corresponder a apenas 19% da mediana da remuneração de pessoas que ocupam o mesmo cargo em empresas privadas.
A Petrobras disse que os demais funcionários não tiveram esse problema, já que, entre 2017 e 2021, houve reajuste de quase 20%.
O Relatório Agregado das Empresas Estatais Federais (RAEEF) de 2022, que contém informações sobre o exercício de 2021, mostra que a remuneração anual da diretoria e do presidente da empresa ficou pouco acima de R$ 3 milhões por ano, equivalente a quase R$ 250 mil por mês, se considerado o salário fixo, as gratificações, a participação de lucros e resultados.
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Fonte: revistaoeste