Os bastidores indicavam que a reunião partidária teria como propósito principal discutir a candidatura de Jayme ao governo, o que foi negado por Botelho. De acordo com o deputado, a principal preocupação do partido, neste momento, é com a montagem das chapas para o Legislativo.
Botelho afirmou ao Leiagora que Jayme aguarda a definição de uma candidatura à Presidência da República pelo União Brasil, o que obrigaria todos os diretórios regionais a lançarem candidaturas próprias aos governos estaduais. Caso essa estratégia se concretize, o União Brasil ficaria impedido de apoiar a candidatura do vice-governador Otaviano Pivetta, por ele ser filiado ao Republicanos.
Jayme, que já foi governador entre 1991 e 1994, se apresenta como o nome mais forte do partido para disputar novamente o cargo em 2026. No entanto, o senador, que cumpre seu segundo mandato, enfrenta resistência dentro da própria legenda em razão do apoio do governador Mauro Mendes — presidente estadual do União Brasil — ao seu vice e aliado pessoal, Otaviano Pivetta.
Mendes já afirmou diversas vezes que seu desejo de ver Pivetta como sucessor é uma decisão pessoal e que não pretende impor a escolha ao partido. Ainda assim, em entrevista recente, declarou que Jayme teria lugar garantido na disputa pela reeleição ao Senado, e não necessariamente ao governo, o que foi interpretado como um sinal de resistência à candidatura do senador ao Palácio Paiaguás.
O deputado Eduardo Botelho também mencionou as possíveis migrações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Pivetta para o Partido Liberal, como movimentos que podem alterar as estratégias eleitorais traçadas até o momento. Enquanto Pivetta mira o Governo de Mato Grosso, Tarcísio é cotado para disputar a Presidência da República.
Fonte: leiagora