Um organismo vivo serviu de ancestral em comum para todas as formas de vida presentes na Terra. Agora, cientistas descobriram que ele evoluiu muito antes do que se imaginava, algumas centenas de milhÔes de anos depois da formação do planeta.
AlĂ©m disso, pelo jeito o LUCA â apelido carinhoso que vem de last universal common ancestor, Ășltimo ancestral comum universal â era mais sofisticado e complexo do que os cientistas pensavam que ele seria.
O DNA de todos os seres vivos, desde bactĂ©rias atĂ© seres humanos e baleias azuis, tem muitas semelhanças, sugerindo a existĂȘncia desse parente em comum que une todas as formas de vida em uma grande famĂlia.
Essa pesquisa, publicada na Nature Ecology & Evolution, juntou cientistas de ĂĄreas diferentes para tentar ter uma compreensĂŁo mais holĂstica do LUCA.
Os genes em comum encontrados em todos os seres vivos podem ter sido passados diretamente desde o Ășltimo ancestral comum universal. EntĂŁo, Ă© sĂł identificar eles, analisar como eles mudaram e estimar a idade do LUCA, nĂ©? Sim, mas nĂŁo Ă© tĂŁo fĂĄcil quanto parece.
4,2 bilhÔes de anos atrås (ou não)
Durante a histĂłria evolutiva, genes foram perdidos, ganhados e trocados entre diferentes linhas de seres vivos, dificultando rastrear a origem de tudo. EntĂŁo, um modelo complexo criado pelos cientistas leva isso em conta para identificar os genes presentes no LUCA, descobrindo um organismo mais complexo do que eles imaginavam.
2600 genes de codificação de proteĂnas podem ser rastreados diretamente ao Ășltimo ancestral em comum de todos os seres vivos. Algumas estimativas anteriores imaginaram que sĂł haveriam 80 genes.
A nova pesquisa tambĂ©m concluiu que Ă© provĂĄvel que o organismo tenha aparecido hĂĄ 4,2 bilhĂ”es de anos, bem perto â no grande esquema das coisas â Ă formação da Terra, 4,5 bilhĂ”es de anos atrĂĄs.
Esse novo cĂĄlculo de idade surgiu por causa do novo modelo cientĂfico e tambĂ©m porque os pesquisadores nĂŁo assumiram que o Ășltimo ancestral comum sĂł poderia ter surgido apĂłs o intenso bombardeio tardio, quando, hĂĄ 3,8 bilhĂ”es de anos, a Terra foi atingida por tantos meteoritos que toda a vida no planeta possivelmente foi extinta. Por causa da incerteza dessa datação, os cientistas nĂŁo consideraram essa ocorrĂȘncia.
O Ășltimo ancestral comum universal tinha genes para se proteger do dano da radiação ultravioleta. Por causa disso, Ă© provĂĄvel que ele vivia na superfĂcie do oceano. Alguns outros genes encontrados pelo time de cientistas sugerem que ele se alimentava de hidrogĂȘnio.
Uma das descobertas mais fascinantes sobre o LUCA Ă© que ele jĂĄ tinha uma versĂŁo primitiva do sistema de defesa das bactĂ©rias conhecido como CRISPR, jĂĄ lutando contra vĂrus hĂĄ 4,2 milhĂ”es de anos.
Nem todo mundo concorda com os achados do estudo. Para o cientista que cunhou a sigla LUCA, Patrick Forterre, em entrevista Ă New Scientist, a ideia de que nosso ancestral em comum estaria vivo antes do intenso bombardeamento tardio Ă© completamente âirrealistaâ.
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Fonte: abril