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Cuiabá implanta cerco sanitário para combater a gripe aviária e proteger economia de Mato Grosso

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A descoberta de um foco da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em uma pequena criação de subsistência em Cuiabá acionou, nesta terça-feira (23), o nível máximo de alerta sanitário em Mato Grosso. A confirmação, vinda do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (SP), transforma o cenário de tranquilidade da capital em uma operação de guerra biológica.

A principal consequência imediata é o isolamento severo da área: com 30 servidores do Indea em plantão 24 horas e apoio da Polícia Militar, a propriedade afetada tornou-se uma zona de exclusão, onde o trânsito de pessoas, veículos e equipamentos é rigorosamente controlado para evitar que o vírus saia do perímetro.

O impacto mais drástico da detecção recai sobre os animais e a logística local. Conforme os protocolos internacionais de defesa sanitária, não há espaço para tratamento; a solução é o abate sanitário de todas as aves do local, seguido pelo enterro em valas profundas e desinfecção química do terreno.

Além disso, a descoberta gera uma onda de fiscalização que se estende por um raio de dez quilômetros. Isso significa que produtores vizinhos enfrentarão vistorias rigorosas, o que pode causar apreensão no setor rural local, embora as autoridades garantam que, por ser um caso em aves de “fundo de quintal”, o impacto comercial em larga escala é mitigado.

Do ponto de vista econômico e comercial, a consequência de uma falha na contenção seria catastrófica para Mato Grosso. Caso o vírus migrasse para granjas comerciais, o estado — que é um gigante na exportação de proteína animal — poderia sofrer embargos internacionais imediatos, paralisando abatedouros e gerando prejuízos bilionários. Por isso, a resposta do Mapa e do Indea é tão agressiva: o objetivo é sufocar o vírus em seu ponto de origem antes que ele atinja a cadeia industrial, preservando o status sanitário que permite ao estado vender para o exterior.

Para o consumidor final em Cuiabá, a consequência principal não é o risco de infecção pelo alimento, mas a necessidade de vigilância. As autoridades reforçam que comer frango ou ovos continua seguro, mas o alerta serve para desestimular o manejo de aves doentes ou mortas por civis.

A descoberta impõe uma nova rotina de notificação obrigatória: qualquer suspeita em aves silvestres ou domésticas na região metropolitana agora deve ser reportada imediatamente, sob o risco de uma disseminação silenciosa que poderia comprometer a segurança alimentar e a economia regional de forma sem precedentes.

Fonte: cenariomt

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