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Crianças participam de palestra contra bullying em escola de Cuiabá: Bullying Acabou Aqui

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Estudantes do 4º e 5º ano da Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Celina Fialho Bezerra, localizada no bairro Altos da Serra I, participaram nesta terça-feira (26) de uma palestra sobre conscientização do bullying e do cyberbullying. A ação integra o programa “Bullying Acabou Aqui”, idealizado e executado pela Secretaria Municipal de Educação (SME).

A palestra, ministrada pelo assessor pedagógico Edmilson Marques de Moraes, professor de História da Prefeitura de Cuiabá há 25 anos, ocorreu em dois turnos e contemplou 250 crianças de 10 e 11 anos.

Ele explicou que o ciclo de palestras pretende ensinar às crianças a importância da paz, do respeito às diferenças e da empatia, incentivando o resgate de valores éticos e morais para a construção de uma sociedade mais humana e fraterna.

“A palavra bullying expressa uma violência. Este trabalho tem caráter preventivo. Estamos educando nossas crianças para aprender a conviver com a diferença, respeitar o colega de classe independentemente de raça, religião ou classe social. A convivência harmoniosa na escola gera boa aprendizagem do conteúdo ensinado em sala de aula. O aluno deve ter a consciência de que o colega é seu companheiro de aprendizagem e, dali, pode surgir uma amizade para toda a vida”, ressaltou.

A diretora da escola, Yascara Seziane Marques, elogiou a iniciativa da Prefeitura de Cuiabá em adotar medidas de combate ao bullying e ao cyberbullying. “A educação é o pilar da sociedade. Estamos trabalhando na construção de seres humanos melhores, pautando-nos pela consciência e por relações afetivas mais saudáveis. Iniciativas como essa engrandecem o poder público.”

No dia 27 de agosto, o tema bullying e cyberbullying será discutido com os pais dos alunos matriculados na Escola Municipal de Educação Básica Agostinho Simplício de Figueiredo, localizada no bairro Poção.

Na quinta-feira (28), haverá uma nova palestra na Escola Cel. Octayde Jorge da Silva. Em setembro, já estão programadas palestras nos dias 1º e 5, nas escolas Esmeralda de Campos Fontes e Professora Udeney Gonçalves de Amorim.

Entenda

Bullying é um comportamento agressivo, repetitivo e intencional, que envolve um desequilíbrio de poder, usado para intimidar, humilhar ou envergonhar uma vítima.

O Cyberbullying é o mesmo tipo de agressão, mas praticado através de meios digitais, como redes sociais, mensagens de texto e jogos online, e pode ser ainda mais invasivo por não ter limites de tempo ou espaço

Quais os efeitos causados sobre a criança?

A depressão, baixa autoestima, ansiedade, abandono dos estudos, essas são algumas das características mais usuais das vítimas. De certa forma, o bullying é uma prática de exclusão social cujos principais alvos costumam ser pessoas mais retraídas, inseguras. Essas características acabam fazendo com que elas não peçam ajuda e, em geral, elas se sentem desamparadas, com medo, intimidadas e dificuldades em encontrar um adulto que possam ouví-las sem julgamentos, ampará-las nos cuidados e tomar as providências necessárias.

Além dos traços psicológicos, as vítimas desse tipo de agressão apresentam particularidades, como problemas com obesidade, estatura, deficiência física. As agressões podem ainda abordar aspectos culturais, étnicos e religiosos. Também pode acontecer com um novato, uma pessoa inteligente, pessoas neurodiversas ou com uma menina bonita, que acaba sendo perseguida pelas colegas.

Como os pais percebem que seu filho está sofrendo bullying?

Crianças e adolescentes que sofrem humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podem ter queda do rendimento escolar, somatizar o sofrimento em doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da personalidade. Observa-se também uma mudança de comportamento. As vítimas ficam isoladas, se tornam agressivas, reclamam de alguma dor física justamente na hora de ir para escola.

Qual é o perfil de quem pratica o bullying?

Os agressores são geralmente os líderes da turma, os mais populares, aqueles que gostam de colocar apelidos nos mais frágeis. Assim como a vítima, os agressores também precisam de ajuda psicológica. No futuro, esta criança ou jovem quando adulto pode ter um comportamento de assediador moral no trabalho e, pior, utilizar da violência, adotar atitudes delinquentes ou criminosas.

#PraCegoVer

A foto ilustra crianças numa sala de aula, sentadas em cadeiras azuis e apoiadas em mesas cinzas. No centro, está o palestrante Edmilson Marques de Moraes. Trata-se de um homem de cor parda, cabelos pretos, vestido com camisa social xadrez e calça jeans. No fundo, é possível visualizar um quadro com ensinamentos e, do lado direito, uma mulher que veste roupa verde.

Fonte: Prefeitura de Cuiabá
Autor: Rafael Costa
Foto: Erlan Aquino

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