Quatro vítimas de homicídio, com registros de desaparecimento feitos por familiares, foram localizadas em um cemitério clandestino em Várzea Grande, segundo investigação do Núcleo de Pessoas Desaparecidas da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com apoio da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). O reconhecimento dos corpos foi possível com o auxílio do Banco Estadual de Perfis Genéticos (BEPG).
As vítimas, sendo duas do Maranhão e duas do Amazonas, foram encontradas em abril no bairro Pirinéu. Entre elas estão Diego de Sales Santos e Mefibozete Pereira da Solidade, vindos do Maranhão para trabalhar na cidade, e Ricardo Oliveira Alves e Ryan Matos Alves, pai e filho do Amazonas.
As investigações indicam que os maranhenses desapareceram em janeiro após serem contratados por uma empresa local. A equipe do Núcleo de Pessoas Desaparecidas solicitou a coleta de DNA de familiares, que confirmou a identidade dos corpos, permitindo que os casos fossem encaminhados à DHPP para investigação de homicídio.
O BEPG funciona como uma biblioteca de amostras genéticas de corpos sem identificação, permitindo que familiares de desaparecidos colaborem com a ciência forense. O banco compartilha e compara perfis genéticos para auxiliar em investigações criminais e processos judiciais.
Desde 2021, a Politec participa da Campanha Nacional de Coleta de DNA de familiares de pessoas desaparecidas, integrada à Rede Nacional de Bancos de Perfis Genéticos (BNPG). A campanha deste ano segue até 15 de agosto, incentivando doações de material genético que podem ajudar a identificar restos mortais e acelerar análises pendentes.
Fonte: cenariomt