A obra do Hospital Regional Norte Araguaia, localizada em Confresa, em Mato Grosso, segue com apenas 42% da construção executada, apesar de já ter recebido diversas vistorias e cobranças por parte de autoridades regionais. A situação preocupa moradores da região e levanta questionamentos sobre a condução da empreiteira responsável.
Durante nova vistoria ao canteiro de obras, realizada no fim de semana, um parlamentar da região afirmou que a lentidão é injustificável, especialmente quando comparada a outras unidades hospitalares que estão sendo construídas no estado. Das cinco novas estruturas em andamento, três já ultrapassaram os 90% de execução, enquanto a de Confresa permanece muito atrás.
Atraso contrasta com importância estratégica da unidade
O hospital está sendo erguido às margens da BR-158, no perímetro urbano de Confresa, e será referência em média e alta complexidadepara sete municípios do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Araguaia e Xingu (Cisax), que juntos somam cerca de 91 mil habitantes. Entre eles, Confresa e Vila Ricaconcentram a maior parte da população.
Quando finalizado, o hospital contará com 151 leitos, incluindo 40 de UTI, 10 consultórios médicos, seis salas cirúrgicas, além de estruturas para exames como tomografia e colonoscopia, banco de sangue e banco de leite materno. A unidade é considerada a principal promessa para atender a demanda reprimida por serviços de saúde na região do Araguaia.
Obra esperada há mais de uma década
O projeto teve ordem de serviço assinada em junho de 2022, após mais de dez anos de reivindicações da população local. No mesmo mês, o chefe do Executivo estadual visitou a construção, que na época estava com apenas 30% de execução, e também cumpriu agenda em municípios vizinhos como Porto Alegre do Norte e Querência.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) ainda não apresentou publicamente uma justificativa clara para o atraso da obra. A expectativa da população e das autoridades locais é de que o cronograma seja acelerado para que a unidade comece a funcionar o quanto antes, aliviando o sistema de saúde do Norte Araguaia, que atualmente depende de unidades distantes e sobrecarregadas.
Fonte: cenariomt