Lucas do Rio Verde

Como as Redes Sociais no Fim de Ano Podem Afetar Sua Saúde Mental: Alerta Médico!

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O encerramento do mês de dezembro e a chegada de um novo ano costumam ser vistos como um período de celebração, renovação e esperança. No entanto, para muitas pessoas, esse mesmo momento pode trazer à tona sentimentos de ansiedade, tristeza, frustração e sobrecarga emocional. O alerta é do médico luverdense Wagner Godoy, que chama atenção para os efeitos do fim de ano sobre a saúde mental, especialmente em um país que já enfrenta altos índices de transtornos emocionais.

Segundo o especialista, a saúde deve ser compreendida de forma ampla, envolvendo não apenas o aspecto físico, mas também o mental e o social. Nesse contexto, dezembro costuma intensificar conflitos internos, já que desperta reflexões sobre conquistas, perdas, dificuldades financeiras e expectativas não alcançadas. “Esse período gera saudade, comparação, preocupação com dinheiro e com planos que muitas vezes não se concretizaram. Tudo isso impacta diretamente a saúde mental”, explica.

Vida financeira

De acordo com Wagner Godoy, questões financeiras são um dos principais gatilhos emocionais no fim do ano. Enquanto algumas pessoas recebem o 13º salário, conseguem viajar ou comemorar, outras enfrentam dívidas, desemprego ou limitações financeiras, o que pode aumentar quadros de ansiedade. “Se a pessoa está endividada, isso pode desencadear ou agravar um transtorno de ansiedade. E não podemos esquecer que o Brasil está entre os países com maiores índices de ansiedade no mundo”, pontua.

O médico destaca que o mês de dezembro acaba funcionando como um grande momento de autoavaliação, em que muitas pessoas passam a refletir sobre o ano que termina e sobre o futuro. Nesse processo, o planejamento surge como uma ferramenta importante para reorganizar pensamentos e emoções. “Planejar não é resolver tudo de uma vez, mas identificar o que mais está impactando a sua vida e começar por aí”, orienta.

Planejamento pessoal

Para o especialista, o planejamento envolve diretamente o comportamento, as atitudes e a forma como a pessoa pensa. Em quadros de tristeza profunda ou depressão, o pensamento tende a ser negativo, o que reduz a disposição e reforça o desânimo. “Quando a pessoa começa a planejar, ela muda a atitude, e isso influencia o pensamento. Aos poucos, pensamentos mais positivos passam a substituir os negativos, trazendo mais perspectiva”, explica.

No entanto, Wagner Godoy ressalta que nem todos conseguem iniciar esse processo sozinhos. Há pessoas que se encontram emocionalmente muito fragilizadas e precisam de apoio profissional para alcançar estabilidade. “Quando a pessoa está muito para baixo, sem iniciativa, sem esperança, ela precisa de ajuda para primeiro se estabilizar emocionalmente e, só depois, conseguir planejar mudanças”, afirma.

Efeito das redes sociais

Outro ponto de atenção destacado pelo psiquiatra é a influência das redes sociais nesse período. O aumento das postagens sobre viagens, festas, conquistas e padrões estéticos pode intensificar sentimentos de inadequação, comparação e frustração em quem já está emocionalmente vulnerável. “Se aquilo que você vê nas redes está te fazendo mal, te deixando triste ou ansioso, é importante se afastar. Nem tudo o que é mostrado é real”, alerta.

O especialista também chama atenção para o consumo excessivo de conteúdos que reforçam padrões irreais de sucesso, felicidade e aparência física, além do uso indiscriminado de medicamentos para emagrecimento, frequentemente impulsionado por redes sociais. “Isso pode gerar dependência emocional, distorção da autoimagem e sofrimento psíquico. Hoje vemos pessoas mais preocupadas com a opinião dos outros do que com o que elas próprias sentem”, observa.

Wagner Godoy reforça que buscar ajuda não é sinal de fraqueza, mas de cuidado consigo mesmo. Em Lucas do Rio Verde, segundo ele, a população conta com Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e profissionais capacitados para acolher pessoas que enfrentam dificuldades emocionais, especialmente neste período do ano. “Se você percebe que a ansiedade está interferindo no sono, no trabalho, nas relações, ou se sente tristeza persistente, procure ajuda. Cuidar da mente é essencial para começar um novo ciclo”, destaca.

Novos planos em dezembro

O médico ressalta ainda que o fim de ano costuma despertar o desejo de mudança, de construção de uma nova identidade e de novos objetivos. “O dezembro provoca essa reflexão: como vai ser o meu próximo ano? O que eu posso fazer de diferente? Esse questionamento, quando bem direcionado, pode ser um ponto de virada”, afirma.

Para o médico o maior desafio que pode ser lançado às pessoas é iniciar o novo ano com a mente saudável. “Planeje o seu 2026 dentro das suas possibilidades. Escolha um problema possível de ser enfrentado agora, algo que vai melhorar sua disposição, sua atenção e sua qualidade de vida. Pequenas mudanças podem gerar grandes impactos”, conclui.

O alerta de Wagner Godoy reforça a importância de olhar para o fim de ano não apenas como um período de festas, mas também como um momento legítimo de cuidado emocional, reflexão e busca por equilíbrio, lembrando que saúde mental deve ser prioridade em qualquer época do ano.

Fonte: cenariomt

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