O número de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) segue alto no Rio de Janeiro, mesmo apresentando indícios de redução. Segundo o Panorama SRAG divulgado nesta quarta-feira (9) pela Secretaria de Estado de Saúde, a pressão por leitos persiste com mais de 600 solicitações semanais.
Até terça-feira (8), o estado registrou 11.635 internações e 836 mortes por SRAG, com leve queda nas últimas semanas. A estimativa usa nowcasting para corrigir atrasos nas notificações. Crianças de 1 a 5 anos são o grupo mais afetado, enquanto o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e o Rinovírus predominam entre menores de 9 anos. Entre idosos, o subtipo H1N1 da Influenza A foi o principal agente identificado entre abril e junho.
Em maio, a Influenza liderou as mortes por SRAG, mas o cenário tem mostrado discreta melhora. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Luciane Velasque, a cobertura vacinal contra Influenza permanece baixa, em torno de 30%. Até quarta-feira (9), foram aplicadas 2.837.024 doses no estado, com apenas 29,4% da meta atingida para públicos prioritários. Regiões como Baixada Litorânea, Metropolitana I e Baía da Ilha Grande têm os piores índices.
A vacinação é gratuita, segura e está disponível em todos os postos de saúde. A campanha anual contra a influenza vai até janeiro de 2026, com estratégias específicas para alcançar os grupos mais vulneráveis. Desde fevereiro, o estado ampliou para 85 o número de leitos pediátricos para casos graves de SRAG, distribuídos entre o Hospital Estadual Ricardo Cruz e o Hospital Zilda Arns.
Fonte: cenariomt