SAÚDE

Brasil volta a produzir insulina nacional após duas décadas

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O Ministério da Saúde recebeu o primeiro lote de insulinas produzidas por meio do programa Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), parte da Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde. O país reinicia a fabricação 100% nacional do medicamento, graças à transferência tecnológica da farmacêutica indiana Wockhardt, em parceria com a Fundação Ezequiel Dias (Funed) e a empresa brasileira Biomm.

O ministro Alexandre Padilha participou da entrega do lote com 207.385 unidades, sendo 67.317 frascos de insulina regular e 140.068 de insulina NPH, na fábrica da Biomm em Nova Lima (MG). Segundo ele, após mais de 20 anos sem produção nacional, o Brasil recupera a capacidade de fornecer insulina para o Sistema Único de Saúde (SUS), gerando emprego, renda e tecnologia local.

A expectativa é que, após a transferência completa da tecnologia, o Brasil produza metade da demanda de insulinas NPH e regular do SUS. Essa medida traz segurança para pacientes e sistema público, garantindo autonomia mesmo diante de crises, como a pandemia recente.

“Essa iniciativa assegura que, independentemente de eventuais crises, o país terá soberania na produção desse medicamento essencial. Cerca de 10% da população brasileira tem diabetes, e muitos dependem da insulina”, destacou Padilha.

O investimento na aquisição da tecnologia foi de R$ 142 milhões, e aproximadamente 350 mil pacientes devem ser beneficiados. Os contratos preveem a entrega de 8,01 milhões de unidades de insulina para a rede pública entre 2025 e 2026.

O processo de transferência tecnológica segue as diretrizes da PDP, com etapas que envolvem produção, controle de qualidade e fabricação do insumo farmacêutico ativo (IFA) no Brasil, garantindo a produção integral do medicamento pelas instituições nacionais Funed e Biomm.

Tratamento no SUS

O SUS oferece assistência completa às pessoas com diabetes, desde o diagnóstico até o tratamento, por meio da Atenção Primária à Saúde. Atualmente, são disponibilizadas quatro opções de insulina: NPH, regular, análogas de ação rápida e prolongada, além de medicamentos orais e injetáveis para o diabetes mellitus.

Fonte: cenariomt

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