Após mais de duas décadas de separação, um homem decide reencontrar o pai e o que ocasionou isso é emocionante. Para Adriano Camilo, de 39 anos, o isolamento na pandemia a Covid-19 e o nascimento do primeiro filho dele aumentaram a necessidade de reconectar-se com seu pai, ausente há tanto tempo.
O reencontro, no último dia 8, em Tururu, no Ceará, foi o desfecho inspirador de uma jornada que começou durante a pandemia em 2020. Adriano disse que rever o pai, Joaquim Mesquita, de 63 anos, foi um momento marcante que comoveu não apenas a família, mas também as autoridades locais.
“Eu senti uma falta imensa dele, especialmente durante a pandemia. Ver tanta gente partindo e me tornar pai me trouxe uma nova perspectiva. Eu queria entender o que tinha acontecido e a paternidade me deu essa maturidade”, contou Adriano Camilo.
A procura
Adriano, que não tinha mantido qualquer contato com seu pai desde a infância, tomou a decisão de procurá-lo, mesmo sem saber da saúde de Joaquim. Com coragem e determinação, ele recorreu à Polícia Civil em busca de ajuda.
Uma equipe de policiais civis iniciou uma investigação que durou aproximadamente um mês, e o desfecho foi emocionante. Após tanto tempo longe um do outro, pai e filho finalmente puderam se abraçar e reatar os laços familiares.
Vida de desafios
A vida de Joaquim também foi marcada por desafios. Ele morou em diferentes lugares em busca de estabilidade financeira, mas a vida o levou de volta a Tururu, onde havia crescido.
Foi lá que ele conheceu a mãe de Adriano Camilo, embora o relacionamento tenha terminado. Mas o desejo de reencontrar seu filho nunca deixou de existir.
Durante a pandemia de Covid-19, Joaquim enfrentou momentos críticos de saúde, lutando para sobreviver à doença quando a vacinação em massa ainda não havia começado.
Ele contou com o apoio do “Elmo”, um equipamento de respiração assistida desenvolvido por pesquisadores locais, para superar a enfermidade.
Leia mais notícia boa:
O reencontro
O reencontro entre pai e filho foi um momento inicialmente tímido, resultado de décadas de separação. No entanto, a conversa fluiu à medida que compartilharam memórias e se atualizaram sobre a vida um do outro.
Joaquim teve a oportunidade de conhecer seu neto, que nasceu durante a pandemia em Fortaleza, por meio de fotos.
Após o reencontro emocionante, os dois trocaram números de telefone e planejaram futuros encontros para fortalecer os laços familiares.
O delegado Luís Rodrigues, titular da 12ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Estado do Ceará, falou da importância de casos como esse.
“Isso é uma outra faceta do trabalho investigativo. Geralmente, a gente investiga para localizar e identificar a autoria, materialidade e circunstância de um crime. E agora, investigamos para restabelecer vínculos familiares. Isso é muito bom”, afirmou o delegado.
Com informações de G1
Fonte: sonoticiaboa