A atriz declarou recentemente que se recusaria a participar de um filme se ele fosse destinado principalmente para streaming direto, em vez de um lançamento tradicional nos cinemas.
Esta atriz da Marvel se recusa a fazer um filme “apenas para streaming”
Em entrevista à revista InStyle, Elizabeth Olsen deixou sua posição clara: “Se um filme é produzido de forma independente e vendido apenas para plataformas de streaming, então não há problemas. Mas não quero fazer parte de um filme cujo objetivo final seja esse”. Ela explica a preferência por obras destinadas à tela grande, acreditando que o cinema continua sendo um ponto de encontro essencial: “Acho importante que as pessoas se reúnam como uma comunidade, para ver outros humanos, para estar no mesmo espaço”.
A24
Segundo ela, o modelo puramente digital corrói a experiência coletiva do cinema, e por isso ela opta por se afastar de produções cuja distribuição é inicialmente pensada para o consumo online. Essa postura surge em um momento em que a produção cinematográfica passa por uma grande transformação: a ascensão das plataformas e os lançamentos simultâneos na internet e nos cinemas mudaram o cenário. A escolha de Olsen, portanto, questiona não apenas sua trajetória profissional, mas também o futuro da distribuição cinematográfica.
Problemas da indústria e implicações para os criadores
O contexto dessa posição deve ser visto na evolução da indústria cinematográfica. Por um lado, grandes estúdios e serviços como Netflix e Prime Video estão aumentando o número de lançamentos diretos em streaming de filmes que muitas vezes merecem ser exibidos nos cinemas. Por outro lado, alguns diretores, atores e operadores de cinema defendem a preservação de um método de distribuição tradicional.
Olsen já havia expressado seu ponto de vista em 2018, enfatizando que “lançamentos nos cinemas são algo que deveria acontecer para a maioria dos projetos”, embora reconhecesse que o streaming tem um papel legítimo para o cinema independente.
Essa abordagem pode ter repercussões na escolha de projetos, na relação com as plataformas de streaming e, de forma mais ampla, no debate em torno da remuneração, visibilidade e reconhecimento das obras. Para os criadores, é um sinal claro: a questão da plataforma de distribuição deixa de se reduzir a um simples canal, passando a ser um elemento fundador do projeto artístico. Finalmente, para as salas de cinema, essa postura alimenta um argumento: a defesa da experiência coletiva como um valor por si só diante da fragmentação dos padrões de consumo.
Fonte: adorocinema






