A Secretaria Municipal de Saúde de Sorriso, por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs), divulgou hoje, 10 de junho, o balanço de arboviroses no município desde 1º de janeiro de 2025. Os dados do Sistema Sinan On-line revelam um aumento significativo nos casos de chikungunya, que já somam 1.073 confirmações, enquanto a dengue registra 112 casos. Para o zika vírus, 14 situações foram investigadas e descartadas até o momento.
A evolução dos casos de dengue ao longo dos meses foi a seguinte: 65 em janeiro (sendo um com sinais de alarme), 11 em fevereiro, 11 em março, 16 em abril e 7 em maio. Já a chikungunya apresentou um crescimento acentuado, com 59 casos em janeiro, 88 em fevereiro, 230 em março, um pico de 616 em abril e 77 em maio.
Combate ao mosquito: Desafios e chamado à população
O secretário de Saúde, Vanio Jordani, destacou a preocupação com o volume de casos de chikungunya. “É crucial lembrarmos que, além da fase aguda, a enfermidade pode apresentar uma fase crônica em que o paciente continua sentindo muita dor”, afirmou. O secretário reforça que a melhor forma de eliminar e evitar a doença é impedir o nascimento do mosquito.
“Como é de conhecimento geral, a água parada – seja suja ou limpa – é o local ideal para a proliferação de criadouros do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya”, pontuou Jordani. Equipes da Vigilância em Saúde Ambiental atuam diariamente, realizando trabalho de instrução e alerta nas ruas.
A coordenadora da Vigilância em Saúde Ambiental, Claudete Damasceno, relatou os obstáculos enfrentados pelas equipes. “Infelizmente, alguns proprietários de comércios, considerados pontos estratégicos, não nos recebem justamente por saberem que há acondicionamento inadequado de materiais, o que propicia a proliferação do mosquito”, explicou. Claudete também mencionou a dificuldade em residências: “Nossa missão é cuidar, alertar, conscientizar; não queremos aplicar notificações ou multas, mas precisamos que a população nos receba para que possamos realizar o trabalho de acompanhamento.”
Durante as visitas, em locais com criadouros, as larvas são coletadas para testagem do Aedes e o criadouro é imediatamente eliminado. Em caso de confirmação da suspeita, os responsáveis são informados para monitorar o surgimento de casos da doença e realizar uma busca ativa por outros focos.
Os principais problemas identificados pela Vigilância Sanitária atualmente incluem o descarte inadequado de água servida (esgoto doméstico ou empresarial) e o acúmulo de sujeira em bocas de lobo, situações que favorecem a proliferação do mosquito.
Orientações e canais de denúncia
Em caso de suspeita ou sintomas de arboviroses, a recomendação é procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS), onde será oferecido atendimento clínico e orientação adequada.
A Secretaria de Saúde orienta que a população dedique dez minutos semanais para inspecionar sua casa ou local de trabalho, evitando o acúmulo de lixo. Essa medida preventiva não só combate o Aedes aegypti, mas também afasta animais peçonhentos.
Denúncias sobre criadouros, descarte irregular de água servida na rua ou lixo em locais inapropriados podem ser feitas pelo aplicativo da Vigilância Sanitária via Unidade Sentinela, através do número (66) 99600-1462.
Fonte: cenariomt