O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou nesta terça-feira (3) que a orientação para restringir a emissão de atestados em casos sem sintomas claros já provocou uma redução de até 30% nos atendimentos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital. Segundo ele, a medida visa combater uma “cultura” de uso indevido do sistema de saúde apenas para justificar faltas ao trabalho.
“A nossa meta é curar 40% das pessoas que procuram as UPAs só para pegar atestado. Já diminuímos 30%. Isso é milagre. Curou muita gente”, disse, durante entrevista coletiva.
Abilio afirmou que a queda já é visível em unidades como as UPAs do Leblon e Morada do Ouro, e que acompanha os dados em tempo real por meio do sistema Gestor Saúde, câmeras instaladas nas unidades e monitoramento das filas de espera.
Apesar do tom provocativo, o prefeito reforçou que a decisão de conceder ou não o atestado continua sendo do médico, conforme avaliação clínica do paciente. O que muda, segundo ele, é que não será mais automático o fornecimento de atestado apenas com base na presença física na unidade de saúde.
“Se só tem comparecimento, o patrão precisa refletir”
Durante a entrevista, Abilio sugeriu que empregadores devem avaliar com mais critério os atestados de comparecimento apresentados por funcionários às segundas e terças-feiras, dias em que os atendimentos aumentavam expressivamente. “Se o seu funcionário faltar nesses dias e apresentar apenas atestado de comparecimento, alguma coisa não está certa”, afirmou.
O prefeito disse que a medida tem como objetivo desafogar as unidades de saúde e garantir que os atendimentos sejam priorizados para quem realmente está doente. Ele também mencionou o reforço das equipes médicas nos dias de maior movimento, como segunda, terça e quarta-feira, para melhorar o processo de triagem.
Fonte: primeirapagina