O avanço do texto ocorre após sucessivas tentativas de adiamento. Primeiro, o deputado Dr. Eugênio (PSB) pediu vista durante a análise do projeto na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), provocando protestos de servidores que acompanharam a sessão e pressionavam pela aprovação. Na semana seguinte, já no plenário, novo adiamento ocorreu após pedido de vista do deputado Chico Guarnieri (PRD), o último permitido pelo regimento, segundo o presidente da Casa, Max Russi (PSB).
Antes disso, o projeto já havia sido alvo de divergências na primeira votação, marcada por tumulto e contestações sobre a contagem de votos. A sessão acabou sendo encerrada por Max Russi após discussões entre deputados da base e da oposição.
Encaminhado pelo presidente do TJMT, desembargador José Zuquim, o reajuste tem o objetivo de atualizar os vencimentos de todas as classes e níveis dos cargos efetivos do Judiciário. O magistrado havia afirmado anteriormente que não pretendia recuar da proposta, uma vez que o texto foi aprovado por unanimidade pelo Pleno do Tribunal e recebeu aval do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A aprovação em definitivo ocorre em meio à resistência do governo estadual. O secretário de Fazenda, Rogério Gallo, e o governador Mauro Mendes (União) demonstraram preocupação com o impacto indireto do reajuste, que, segundo eles, poderia incentivar outras categorias a reivindicarem o mesmo percentual, criando efeitos sobre as contas do Executivo.
Com a aprovação no plenário, o projeto agora segue para sanção.
Fonte: leiagora






