O diretor e roteirista australiano é um nome confiável na animação – mas não muito prolífico: O cineasta, conhecido por seu humor seco, atmosfera melancólica e histórias biográficas, fez sua estreia em longas-metragens com .
Antes de sua obra-prima de animação de 2009, ele havia dirigido apenas curtas-metragens – e desde então, lançou apenas mais um curta, além de seu segundo longa, , de 2024. A história poética, cômica, mas, em última análise, esperançosa, de um colecionador de caracóis atormentado pelo infortúnio, foi indicada ao Oscar e agora está esperando por você para aluguel ou compra no , Apple TV e Youtube.
Sobre o que é Memórias de um Caracol
Austrália, década de 1970: Grace Pudel (voz de ), uma jovem excluída, adora livros, porquinhos-da-índia e caracóis. Seu irmão, Gilbert (), também sofre ostracismo social — mas pelo menos eles têm um ao outro. E é assim até que o pai deles, alcoólatra e tetraplégico, morre e os serviço social separa os irmãos.
Enquanto Grace acaba com um casal nudista, Gilbert vai morar com fanáticos religiosos. Em seus respectivos novos ambientes, Grace, que coleciona cada vez mais caracóis e objetos com o tema, e seu irmão incendiário são atormentados pelo azar. Uma desgraça após a outra os força a se agarrar à pouca felicidade que lhes resta na vida.
Arenamedia
Um teste peculiar, poético e melancólico para o seu coração
O segundo longa-metragem de Elliot é impressionante — mas as emoções despertadas pelos infortúnios de Grace e Gilbert ficam presas na garganta. E quando vem à tona após o filme, não fazem chorar, mas sim iniciar uma longa discussão filosófica sobre armadura emocional, o fardo que carregamos e a influência rastejante e persistente de um ambiente (im)perdoável.
Em outras palavras: sim, tenha lenços de papel à mão se você estiver prestes a embarcar na provação peculiar, seca e emocionalmente carregada vivida pelos personagens principais de Memórias de um Caracol. As chances são enormes de que o fardo constante da doença, da solidão, da morte, da perda, dos vícios, do fundamentalismo religioso, da intolerância, da homofobia e da hipocrisia o leve às lágrimas.
Mas mesmo que você se isole em sua própria concha durante esta história de sofrimento, pontuada apenas pela presença de um idoso amigável e excêntrico (o que lhe proporciona uma compreensão mais profunda dos mecanismos de enfrentamento do protagonista), o filme ainda o impressionará. Seja em seus momentos sombrios, em suas cenas de humor seco ou em seus raros e ainda mais comoventes instantes de alegria e apoio.
Fonte: adorocinema
