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Programa em MT capacita líderes para proteger mulheres: Saiba mais!

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O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Setasc), lançou nesta segunda-feira (10) o Programa SER Família Mulher na Comunidade, conforme divulgado pela própria pasta durante evento no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá. Idealizada pela primeira-dama Virginia Mendes, a iniciativa tem o objetivo de capacitar lideranças locais para atuarem como agentes de prevenção e orientação em casos de violência contra mulheres em todo o território de Mato Grosso.

Formação de redes de apoio

Conforme apresentado pela Setasc, o programa integra ações do SER Família e busca fortalecer o protagonismo feminino em comunidades urbanas e rurais. A proposta central é treinar multiplicadoras para identificar sinais de violência doméstica — física, psicológica, moral, sexual ou patrimonial — e orientar vítimas sobre direitos e serviços públicos disponíveis, em consonância com a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006).

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O secretário da Setasc, Klebson Gomes, afirmou durante a abertura que a ênfase do programa é a prevenção. Segundo ele, ao capacitar moradores, conselhos comunitários e grupos de liderança religiosa, torna-se possível agir antes que situações de agressão se agravem.

Integração com segurança pública e Defensoria

A tenente-coronel Ludmila Eickhoff, representante da Patrulha Maria da Penha da Polícia Militar, destacou que a aproximação entre segurança pública e comunidade facilita o encaminhamento rápido de denúncias e o acompanhamento de medidas protetivas. Já a Defensoria Pública informou que realizou mais de 11 mil atendimentos relacionados à violência contra a mulher no estado somente entre janeiro e setembro deste ano, reforçando a demanda por ações permanentes de suporte e orientação.

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Implementação e etapas

De acordo com a secretária adjunta de Políticas Públicas para as Mulheres, Salete Morockoski, o programa será executado em quatro eixos: combate à violência, prevenção, prestação de serviços e suporte às vítimas. A formação das lideranças ocorrerá inicialmente em 16 polos regionais, com previsão de expansão para os 142 municípios do estado.

Contexto nacional

Segundo o Atlas da Violência 2023, publicado pelo Ipea e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou aumento contínuo de casos de violência doméstica nos últimos anos, com maior incidência entre mulheres negras. Especialistas apontam que redes comunitárias fortalecidas reduzem a subnotificação e ampliam o acesso a serviços de apoio psicológico, jurídico e social.

Ao criar espaços de escuta ativa, rodas de conversa e suporte técnico local, o programa busca estimular autonomia e pertencimento, além de fortalecer vínculos solidários entre mulheres.

Reportagem baseada em informações oficiais divulgadas pela Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Setasc).

Fonte: cenariomt

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