Cuiabá enfrenta em 2025 a pior temporada de influenza dos últimos anos. Os casos de gripe, provocados pelos vírus Influenza A e B, registraram um salto de mais de 1.000% entre os moradores da capital, tornando-se o agente respiratório que mais cresceu neste ano. O avanço já provocou 15 mortes até 1º de novembro, sendo 13 delas em idosos sem registro de vacinação recente.
O aumento nos casos de influenza entre residentes foi de 115 no ano passado para 1.268 em 2025. Esse volume coloca o vírus influenza acima da Covid-19 em circulação geral, o que não acontecia desde o início da pandemia.
A influenza avançou em todas as faixas etárias, mas o impacto é especialmente forte entre crianças pequenas:
- A faixa de 0 a 6 anos concentra mais da metade das infecções registradas em 2025.
O mesmo comportamento é observado no Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que provoca bronquiolite: dos 500 casos notificados, 478 (95%) atingem bebês e crianças pequenas.
Entre os óbitos investigados por influenza, os 13 idosos vitimados não tinham registro de vacinação contra o vírus no último ano. A ausência de imunização transformou esses pacientes no grupo mais vulnerável a complicações graves, como pneumonias e insuficiência respiratória.
Covid-19 em queda, mas ainda letal
Ao contrário da influenza, a Covid-19 apresentou queda expressiva em Cuiabá, com os casos despencando 66%, passando de mais de 4 mil registros no ano passado para pouco mais de 1,4 mil em 2025 entre moradores.
Mesmo com a redução, a Covid-19 ainda soma dezenas de mortes e aparece entre as principais causas de internação por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A soma de todos os vírus respiratórios resultou em 1.853 internações e 238 óbitos por SRAG em 2025. A taxa de letalidade da SRAG entre residentes é de 6,7%, uma das mais altas desde o início da série histórica.
A Secretaria de Saúde alerta que, com o período chuvoso e a chegada de frentes frias, a circulação de vírus respiratórios deve permanecer alta nas próximas semanas. A combinação de baixa adesão à vacina, maior circulação de pessoas e o retorno de variantes que não circulavam intensamente antes da pandemia explica o comportamento atípico de 2025.
adicione Dia de Ajudar às suas fontes preferenciais no Google Notícias
.
Fonte: cenariomt






