Um crime brutal chocou a cidade de Sinop, a 500 km de Cuiabá, na tarde de domingo (24/8). A fonoaudióloga Ana Paula Abreu Carneiro, de 33 anos, foi assassinada a facadas dentro da própria residência, no bairro Residencial Norte. O principal suspeito é o namorado, de 22 anos, que foi preso em flagrante.
De acordo com a Polícia Civil, o namorado estava em estado de surto psicótico no momento da prisão. Após o crime, ele teria enviado fotos do corpo da vítima para familiares, incluindo a irmã de Ana Paula e o próprio irmão, que mora em Brasília. Em áudios e mensagens, o rapaz chegou a confessar o feminicídio. As denúncias feitas pelos familiares foram fundamentais para que a polícia fosse acionada.
Segundo o laudo preliminar do médico legista, Ana Paula sofreu entre 15 e 20 perfurações em regiões como pescoço, tronco, abdômen e pernas. No local do crime, a Polícia Militar encontrou móveis revirados, sangue espalhado pelos cômodos e três facas, que foram recolhidas pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
Os peritos confirmaram que houve luta corporal antes do assassinato, evidenciada pela cena de desordem e pelos ferimentos múltiplos da vítima.
Prisão em flagrante
O suspeito foi encontrado ainda dentro da residência, em surto e resistiu à abordagem policial. Diante da situação, os militares precisaram utilizar uma arma de choque para imobilizá-lo. Em seguida, ele foi encaminhado à Delegacia da Polícia Civil de Sinop, onde prestará depoimento.
O corpo da vítima foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) para a realização de necropsia. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar as circunstâncias do crime, que é tratado como feminicídio.
A notícia da morte de Ana Paula causou grande comoção entre familiares, amigos e colegas de profissão. A jovem era descrita como uma pessoa dedicada à carreira e bastante conhecida na região.
O caso reforça a triste estatística de crimes de violência contra a mulher em Mato Grosso. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o feminicídio continua sendo uma das formas mais letais de violência de gênero no estado.
Fonte: cenariomt