O Ministério da Saúde deu início ao Censo da Força de Trabalho em Saúde (CFTS), com o objetivo de identificar detalhadamente os profissionais que atuam direta e indiretamente no Sistema Único de Saúde (SUS). O projeto-piloto começou em julho de 2025 no Distrito Federal e em Mato Grosso do Sul, com visitas a mais de 12 mil estabelecimentos de saúde nessas regiões.
Na primeira etapa, serão visitados 6.291 estabelecimentos no Distrito Federal e 6.297 no Mato Grosso do Sul, locais escolhidos por suas características territoriais específicas. O Distrito Federal concentra uma população maior em área menor, com complexidade e diversidade nos serviços de saúde, enquanto Mato Grosso do Sul apresenta baixa densidade populacional, grande extensão territorial e desafios relacionados ao atendimento de populações indígenas e rurais.
Impacto nas políticas públicas
Os dados coletados irão atualizar o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e fornecer subsídios para políticas públicas, planejamento e dimensionamento da força de trabalho na saúde. Com isso, será possível identificar a quantidade e a qualidade dos profissionais necessários para atender as demandas da população com eficiência.
Essa iniciativa é considerada estratégica para garantir equidade e reconhecimento da importância dos trabalhadores da saúde, além de fortalecer políticas inclusivas e combater desigualdades no SUS, segundo o Ministério da Saúde.
O levantamento também incluirá profissionais das áreas de limpeza, alimentação, segurança, motoristas do SAMU, maqueiros, copeiros e equipes administrativas das unidades de saúde.
Preparação e metodologia
Desde 2024, o Curso de Informação e Gestão do Trabalho na Saúde tem preparado profissionais para a coleta de dados, qualificando 65 recenseadores – 32 no Distrito Federal e 33 em Mato Grosso do Sul.
A coleta será realizada presencialmente ou remotamente, conforme a realidade e o tipo de estabelecimento em cada localidade.
Fonte: cenariomt