O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) completa 75 anos de atuação no Brasil, destacando sua contribuição decisiva para a redução de 90% na mortalidade infantil desde 1950. À época, 158 em cada mil bebês morriam antes do primeiro ano de vida; hoje, são 12 por mil. Esse avanço se deve à parceria com o poder público e a sociedade civil.
Além da saúde, o Unicef atuou em frentes como educação, proteção e combate à pobreza. Para marcar a data, lançou o livro “UNICEF, 75 anos pelas Crianças e pelos Adolescentes – Uma História em Construção” e inaugurou a exposição “Passos para o Amanhã”, no Palácio Itamaraty, em Brasília. A mostra traz seis esculturas em tamanho real, simbolizando marcos como vacinação, saneamento básico, educação, cidadania, redução da mortalidade infantil e mudanças climáticas.
Desde o primeiro acordo de cooperação em 1950, o Unicef apoiou programas como merenda escolar, vacinação contra a poliomielite e o Programa Nacional de Imunizações, além de campanhas para disseminação do soro caseiro e incentivo ao aleitamento materno. Também colaborou com a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e políticas como o Programa Saúde da Família.
Durante a epidemia de Zika, entre 2015 e 2016, desenvolveu kits de estimulação sensorial e capacitou profissionais de saúde. O Selo Unicef, criado em 1999 no Ceará, hoje alcança mais de 2 mil municípios em 18 estados, reconhecendo avanços na garantia de direitos no Semiárido e na Amazônia.
Na pandemia de Covid-19, o Unicef atuou para garantir água potável, saneamento, higiene e apoio psicossocial, beneficiando mais de 17 milhões de pessoas entre 2020 e 2022. Em 2022, lançou a #AgendaCidadeUNICEF, voltada a reduzir violências e exclusões em grandes centros urbanos.
O representante do Unicef no Brasil, Youssouf Abdel-Jelil, destaca a necessidade de enfrentar desafios persistentes como pobreza, desigualdades, violência contra crianças e adolescentes, saúde mental e a emergência climática. A organização reafirma seu compromisso de trabalhar com governos, sociedade civil e as próprias crianças para garantir um futuro seguro e próspero.
Fonte: cenariomt