Julho Amarelo é o período de alerta sobre os riscos das hepatites virais, doenças que podem evoluir de forma silenciosa e causar sérias complicações hepáticas. As hepatites A, B e C são as mais comuns no Brasil, e sua prevenção depende de vacinação, higiene e cuidados médicos regulares.
Entre 2019 e junho de 2025, Mato Grosso registrou 118 casos de hepatite A, 2.801 de hepatite B e 1.142 de hepatite C, com 185 óbitos ao todo. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) alerta para o caráter muitas vezes assintomático dessas infecções, o que pode levar à evolução para quadros graves como cirrose e câncer hepático.
Os sintomas, quando surgem, incluem cansaço, febre, mal-estar, enjoo, dor abdominal, icterícia, urina escura e fezes claras. A vacina é a forma mais eficaz de evitar as hepatites A e B. No calendário vacinal, a imunização contra a hepatite A é indicada para crianças de 1 a 4 anos e grupos especiais, enquanto a hepatite B tem vacina disponível para todas as faixas etárias não vacinadas.
Em 2025, os municípios aplicaram 24.331 doses contra a hepatite A e 109.906 contra a B. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece também testes rápidos para hepatites B e C em Unidades Básicas de Saúde, além de medicamentos gratuitos para tratamento das hepatites B, C e D.
A transmissão da hepatite A ocorre por contato fecal-oral, com água ou alimentos contaminados, sendo essencial manter a higiene pessoal e sanitária. Já a hepatite B pode ser passada de mãe para filho, por relações sexuais desprotegidas ou compartilhamento de objetos cortantes. A hepatite C se transmite principalmente por contato com sangue contaminado, exigindo cuidados em procedimentos invasivos e no uso de materiais perfurocortantes.
O tratamento da hepatite C utiliza Antivirais de Ação Direta (DAA), com taxas de cura superiores a 95%. Segundo a SES, o diagnóstico precoce e o acompanhamento médico regular são fundamentais para reduzir a carga da doença e evitar complicações graves ao fígado.
Fonte: cenariomt