O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou o Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026, com um investimento total de R$ 89 bilhões, valor recorde destinado ao fortalecimento da agricultura familiar no Brasil. Desse montante, R$ 78,2 bilhões são voltados exclusivamente para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que completa 30 anos em 2025.
O plano mantém taxas de juros reduzidas de 3% ao ano para o financiamento de alimentos básicos, como arroz, feijão e leite, e ainda mais baixas, de 2%, para cultivos orgânicos ou agroecológicos. Durante cerimônia no Palácio do Planalto, Lula destacou o impacto positivo das taxas acessíveis na economia do setor rural.
O plano inclui novas linhas de crédito para áreas como agroecologia, irrigação sustentável e adaptação às mudanças climáticas. Um dos destaques é o microcrédito para mulheres rurais, com limite de até R$ 20 mil, juros anuais de 0,5% e bônus de adimplência que pode chegar a 40%.
Além disso, o programa amplia o acesso à mecanização agrícola com a elevação do teto de financiamento de R$ 50 mil para R$ 100 mil em equipamentos menores, mantendo taxa de juros de 2,5%. Para máquinas maiores, até R$ 250 mil, a taxa é de 5%, com subsídios do governo.
No âmbito do seguro agrícola, foram destinados R$ 1,1 bilhão ao Garantia-Safra e R$ 5,7 bilhões ao Proagro Mais. Recursos adicionais incluem R$ 3,7 bilhões para compras públicas, R$ 240 milhões para assistência técnica e R$ 42,2 milhões para garantir preços mínimos de produtos da sociobiodiversidade, como babaçu, pirarucu e borracha.
O evento também marcou o lançamento do Programa de Transferência de Embriões, iniciativa voltada à melhoria genética do rebanho leiteiro. E nesta terça-feira (1º/7), será divulgado o Plano Safra 2025/2026 voltado ao agronegócio.
Outro anúncio relevante foi a assinatura do decreto que institui o Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara), voltado à transição agroecológica e à promoção de práticas agrícolas mais sustentáveis. O programa busca reduzir a dependência de insumos químicos sintéticos e ampliar o uso de bioinsumos, com ações coordenadas por diversos ministérios e órgãos federais.
Segundo dados da FAO e da OMS citados pelo governo, o Brasil foi o maior consumidor mundial de agrotóxicos em 2021, com 22% do total global. O Pronara pretende reverter esse cenário com políticas públicas estruturantes e envolvimento da sociedade civil.
Fonte: cenariomt
