A discrepância entre o valor do café no varejo e no campo chama atenção em 2025. Enquanto o consumidor paga mais caro, produtores já observam recuo nas cotações desde março, depois do começo da colheita nacional.
De acordo com dados do , divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (), nesta quinta-feira, 26, o café moído ficou atrás apenas da energia elétrica como principal responsável pela de junho. Em relação a maio, o aumento foi de quase 3%. No acumulado dos últimos 12 meses, o salto chega a 81%.
No mercado rural, o café arábica, principal variedade produzida no Brasil, registrou queda de 17% no valor médio mensal em junho perante fevereiro.
Especialistas afirmaram ao portal g1 que a redução dos preços para o consumidor deverá ocorrer de forma gradual a partir do segundo semestre deste ano, mas a tendência é que se intensifique apenas em 2026, se não houver problemas de safra. O repasse do campo ao varejo costuma ser lento.
Desde março, a inflação do café tem desacelerado mês a mês, segundo o IBGE. Fernando Maximiliano, analista da StoneX Brasil, explicou ao g1 que “existe um tempo entre o processo de colher o café, de secar, de beneficiar, até chegar à mão da indústria para ser torrado”. A colheita no Brasil ocorre de março a setembro.
Entre os fatores para a queda das cotações no campo estão o bom andamento da colheita no Brasil desde março e a perspectiva de melhora nas safras do Sudeste Asiático. Além disso, o consumo interno caiu diante do aumento dos preços.

Com o pico da colheita em junho e julho, a expectativa é que o preço da saca continue caindo para os produtores.
Fonte: revistaoeste