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Política

Max afirma que Alagoas acompanha investigação sobre emendas parlamentares: deputados são responsáveis individualmente

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O presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Max Russi (PSB), afirmou nesta segunda-feira (16) que o Poder Legislativo acompanha com atenção as investigações da Polícia Civil que apuram suposto esquema envolvendo a destinação de emendas parlamentares durante o período eleitoral. De acordo com reportagem do portal UOL, 14 deputados estaduais, um prefeito e um secretário de Estado são citados na investigação, que aponta possível prejuízo de R$ 28 milhões aos cofres públicos.

A apuração é conduzida pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), no âmbito da Operação Suserano, deflagrada em setembro de 2024. Segundo a Polícia Civil, as emendas foram usadas para aquisição de kits agrícolas — compostos por equipamentos como roçadeira, motocultivador, adubadeira costal e perfurador de solo — com indícios de sobrepreço de R$ 10,2 milhões.
“Com tranquilidade. Que as investigações sejam feitas. Muitos deputados estão fazendo suas defesas, os nomes citados vão colocar a realidade dos fatos, o que é importante a gente saber. Tem algumas informações que não condizem com a realidade”, afirmou Russi.
O inquérito aponta que os parlamentares foram autores de emendas que resultaram em 24 termos de fomento firmados pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) com o Instituto de Natureza e Turismo (Pronatur). O instituto contratou a empresa Tupã Comércio e Representações, que, segundo a Polícia Civil, está em nome de um suposto laranja do empresário Alessandro do Nascimento — apontado como sócio oculto e beneficiado do esquema.
Nascimento também preside a Associação Atlética e Cultural Nacional, que recebeu mais de R$ 1 milhão em emendas para o projeto “Craque Cidadão”. A investigação aponta que ele teria planejado a compra de dois imóveis nos Estados Unidos, no valor de R$ 7 milhões, e que utilizaria um contador no país para lavar dinheiro.
A delegada responsável pelo caso, Juliana Rado, solicitou o encaminhamento do inquérito à Polícia Federal no dia 15 de maio.
Questionado sobre a responsabilidade das indicações, Max Russi enfatizou que as emendas são de responsabilidade individual dos parlamentares. “O deputado faz a indicação de uma emenda, agora, chega na secretaria, um quadro técnico faz a análise e depois o pagamento. A execução do projeto é feita por meio de prestação de contas. Não tendo sido executada de forma correta, tem que fazer a glosa, o ressarcimento… já vi isso acontecer muito”, afirmou.
Ele também declarou não conhecer o Instituto Pronatur. “Temos em Mato Grosso 13 mil institutos. Conheço alguns que fazem um trabalho sério. Não podemos condenar um setor por uma ação pontual”, declarou.
A defesa de Alessandro do Nascimento afirmou ao UOL que ele “não foi indiciado ou denunciado, sequer foi ouvido pela Polícia Civil” e negou que o empresário tenha contratos com o Estado de Mato Grosso.
A Assembleia Legislativa não é alvo da investigação como instituição, e Max Russi reforçou que a apuração deve seguir com os órgãos competentes. “A Assembleia, enquanto instituição, vai acompanhar e aguardar a investigação. Quem libera e fiscaliza é o Estado. Aí temos outros órgãos que fazem o acompanhamento, como o TCE, MPE e Polícia Civil”, finalizou.

 

Fonte: Olhar Direto

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