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Turismo

Caos no Aeroporto de Lisboa devido aos Novos Sistemas de Segurança: O que está acontecendo?

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Desde o dia 19 de maio, desembarcar no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, virou uma via sacra. As filas na imigração ultrapassam as quatro horas, gerando caos e até mesmo desmaios por conta de longas esperas.

A filas vêm acontecendo por conta da implantação de novos sistemas digitais de controle de fronteiras, que tornam a entrada de cidadãos de fora da União Europeia mais rigorosa. A promessa é de mais segurança, mas até agora o saldo tem sido de confusão e transtornos.

O que mudou?

Desde segunda-feira (19), Portugal passou a integrar oficialmente os sistemas de informação da União Europeia. Agora, sistemas eletrônicos como o VIS4EES, o PASSE+ e o Portal das Fronteiras – que fazem parte do pacote europeu da gestão migratória – foram implementadas.

Quem entra e sai do país é registrado de forma digital e biométrica, o que inclui a checagem de antecedentes criminais e histórico de viagens. Na prática, quem não tem passaporte europeu agora é obrigado a passar por um processo mais demorado e minucioso na imigração, que inclui a verificação cruzada com bancos de dados europeus.

Os novos sistemas são parte da preparação para o ETIAS, a autorização eletrônica que será exigida a partir de 2026 para turistas de países isentos de visto, como o Brasil.

O que são esses novos sistemas?

VIS4EES: armazena dados detalhados sobre quem entra com visto no espaço Schengen.

PASSE+: sistema nacional de controle de fronteiras aéreas e terrestres que substituirá o sistema atual e gera relatórios em tempo real.

Portal das Fronteiras: centraliza digitalmente as informações de entrada e saída, facilitando o rastreamento e a comunicação entre autoridades migratórias.

Por que tanta demora?

A implementação dos novos sistemas exige coleta de dados biométricos, como impressões digitais e fotografia, além de cruzamento de informações sobre vistos e histórico de entrada e saída no espaço Schengen.

Embora as autoridades portuguesas alertem que os transtornos são passageiros e que seria “o preço a pagar por mais segurança”, o impacto prático é o de um processo mais lento e, muitas vezes, confuso.

Segundo Pedro Moura, coordenador-geral da Unidade de Coordenação de Fronteiras e Estrangeiros de Portugal, os novos sistemas são fundamentais para garantir que o país esteja preparado para operar com os mais elevados padrões de segurança e serviço. 

O que fazer se você for viajar?

O verão europeu se aproxima, assim como o pico da temporada turística, o que acende o alerta para quem está com viagem marcada ir se preparando. A recomendação é simples: programe-se para enfrentar filas longas e esteja com todos os documentos organizados e à mão para evitar contratempos.

Embora os brasileiros não precisem de visto para viagens de até 90 dias, o rigor na fiscalização aumentou. Além disso, quem ultrapassar o prazo de permanência pode enfrentar sanções, inclusive fiscalização domiciliar.

Vale lembrar que, mesmo com a promessa de maior automatização, o período de adaptação está sendo turbulento. Portanto, chegue cedo, tenha paciência e, se a viagem até Lisboa implicar uma conexão para outro destino, considere uma janela mínima de quatro horas entre um voo e outro.

Portugal é só o começo

O controle rígido que hoje já provoca filas em Lisboa logo será a regra em outros aeroportos europeus.

Portugal é um dos primeiros países a implementar os novos sistemas, mas a tendência é que esse modelo se estenda a todos os países do espaço Schengen.

A entrada em vigor de sistemas de autorização como o EES (Sistema de Entrada e Saída) e o ETIAS (Sistema Europeu de Informação de Viagem e Autorização) está prevista para iniciar até o final de 2025. Saiba mais sobre os novos esquemas de segurança para entrada na Europa.

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Fonte: viagemeturismo

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