Três proprietários de imóveis rurais localizados em Mato Grosso foram incluídos na “lista suja” do Ministério do Trabalho, um cadastro que reúne empregadores flagrados por submeter trabalhadores a condições análogas à escravidão.
A atualização semestral da lista, divulgada na quarta-feira (9), adicionou 155 novos nomes, entre pessoas físicas e jurídicas, elevando o total de registros para 745. O objetivo da “lista suja” é expor publicamente os responsáveis por graves violações trabalhistas.
O maior caso registrado no estado ocorreu em uma fazenda em Paranatinga, onde 14 trabalhadores foram encontrados em condições degradantes. A propriedade em questão possuía um financiamento milionário de um fundo constitucional e histórico de multas ambientais.
Conforme a legislação vigente, os nomes permanecem na lista por um período mínimo de dois anos. Durante esse tempo, a Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) realiza o monitoramento das empresas e propriedades envolvidas. Caso novas irregularidades sejam detectadas, o prazo de inclusão na lista pode ser estendido por mais dois anos.
O governo federal mantém um canal online para o recebimento de denúncias anônimas de trabalho escravo e infantil, permitindo que informações sejam registradas sem a necessidade de identificação do denunciante.
Fonte: cenariomt