Desde outubro de 2024, a sua tela inicial do WhatsApp está ligeiramente diferente. Na barra de pesquisa ali no topo, um anel azul e rosa indica a presença do Meta AI, o chatbot baseado em inteligência artificial generativa da Meta. Ao perguntar algo ou pedir um comando a ele, abre-se uma conversa com o robô, que lhe dará as respostas em texto ou imagem (caso você o peça para criar uma).
O Meta AI está presente tanto no WhatsApp quanto no Facebook e no Instagram. Funciona de um jeito bem similar ao ChatGPT, da OpenAI, e o Gemini, do Google. E, nesta semana, a Meta anunciou uma nova atualização na tentativa de se equiparar aos seus concorrentes.
O chatbot agora vai se lembrar de detalhes das últimas conversas que você teve com ele para gerar respostas mais personalizadas (algo que ChatGPT e Gemini já são capazes de fazer). Por exemplo: em um papo com o Meta AI, você disse que era vegetariano. Numa interação futura, ao pedir dicas de receita, a ideia é que o robô “se lembre” da sua dieta e, assim, não sugira pratos com carne.
“O Meta AI me ajudou com histórias de ninar criativas para as minhas filhas. Se eu pedir por um novo conto, ele se lembrará que elas adoram sereias”, escreveu Mark Zuckerberg, CEO da Meta.
O objetivo é fazer com que as conversas com o robô não partam sempre do zero – a menos, claro, que o usuário exclua o histórico do chat. A Meta disse que sua IA não armazenará memórias do que for dito em grupos no WhatsApp, apenas em papos individuais com ela.
Outra atualização amplia a integração com redes sociais da Meta. O robô terá acesso a informações do perfil do Facebook e do Instagram do usuário, também para personalizar ainda mais as respostas.
A empresa citou como exemplo uma pessoa que esteja procurando por opções de lazer. Nesse caso, o Meta AI checaria o seu endereço e qual o tamanho da sua família (algo que dá para encontrar no Facebook), daria uma olhada nos Reels que ela assistiu no Instagram e voilà: poderia recomendar algum show, filme ou exposição com base em tudo o que teve acesso.
O problema: por ora, não será possível desativar essa integração. Até segunda ordem, o Meta AI terá acesso às redes sociais dos usuários da Meta. Segundo o porta -voz da empresa, Emil Vasquez, essa decisão se deve por “acreditarmos que as melhores experiências são personalizadas”.
A atualização já vale para usuários de iOS e Android nos EUA e Canadá (ainda não há previsão para o Brasil). Ela veio em um momento sensível para as Big Techs americanas: o app de IA da chinesa DeepSeek tornou-se o mais baixado nos EUA. O programa impressiona pela sua capacidade e pelo baixo custo de produção. O fenômeno, inclusive, fez despencar ações de empresas do setor. Para entender como o DeepSeek funciona, e como ele foi feito, recomendamos a leitura deste texto da Super.
Fonte: abril