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Política

Lula avalia reduzir participação do PT em ministérios para atrair o centrão

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estuda reduzir o espaço do PT na para acomodar partidos do centrão. Dessa forma, siglas como PSD, PP, MDB, Podemos e União Brasil podem ganhar espaço, depois da reforma ministerial do ano que vem.

Essa decisão visa a atender a insatisfações desses partidos com a atual estrutura governamental. Atualmente, o comanda 13 dos 38 ministérios.

A pressão por mudanças intensificou-se depois do envio de um pacote de cortes de gastos ao Congresso. Siglas aliadas manifestaram descontentamento com a votação rápida de propostas impopulares e exigiram a liberação de emendas orçamentárias em troca de apoio.

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O Ministro Das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (À Esq), E O Presidente Lula (À Dir), Durante A Assinatura Do Projeto De Lei De Autoria De Padilha Que Estabeleceu O Dia Nacional Do Funk – 30/07/2024 | Foto: Reprodução/Twitter/X

O PSD e o União Brasil, em especial, demandaram maior espaço ministerial. Durante esse processo, uma reunião de última hora com Rui Costa, da Casa Civil, e Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, ajudou a mudar a posição do PSD.

Além disso, Lula busca fortalecer alianças com vistas a uma possível candidatura à reeleição em 2026. O presidente sinalizou correção de rumos na comunicação, mas ainda não definiu quais petistas vão perder cargos nos ministérios.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), é um dos pré-candidatos à Presidência em 2026. Lula planeja anunciar mudanças ministeriais depois do Carnaval, em março, quando o novo comando do Congresso estará consolidado, com Hugo Motta (Republicanos-PB) na Câmara e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) no Senado.

Uma reunião ministerial está prevista para dezembro, com o objetivo de avaliar o ano e transmitir diretrizes. Lula, em recuperação de uma cirurgia no crânio, insiste em participar.

Especula-se sobre mudanças no Ministério de Minas e Energia, atualmente liderado por Alexandre Silveira. O cargo pode ir para o MDB, com Eduardo Braga, ou para o Republicanos, com Marcos Pereira. Internamente, há esforços para que Silveira seja mantido em uma posição pessoal, com garantia ao espaço do PSD.

Outra possível alteração envolve o Ministério do Desenvolvimento Social, sob Wellington Dias, apesar da resistência do PT em abdicar da pasta. Ele recebe críticas por não converter ações do Bolsa Família em apoio político.

Na área de comunicação, a saída de Paulo Pimenta da Secretaria de Comunicação Social é praticamente certa. Lula criticou a gestão da comunicação e busca “correções” a partir de 2025. Pimenta pode ser realocado para a Secretaria-Geral da Presidência ou outra função governamental.

A boa relação de Alexandre Silveira com Janja Lula da Silva e a resistência a mudanças nos ministros do PT, como Rui Costa, da Casa Civil, Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, e o secretário-geral, Márcio Macedo, também são fatores a serem considerados na definição das mudanças.

Fonte: revistaoeste

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