Em entrevista à revista britânica The Economist, o presidente da Argentina, Javier Milei, comentou a relação com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Ao ser interpelado sobre as dificuldades em manter uma relação saudável com o , o argentino foi enfático ao dizer que “não pretende ser amigo de Lula”.
Para Milei, as relações entre os dois países devem ser puramente diplomáticas, e não pessoais. Ele ressaltou o fato de a Argentina depender do Brasil para comercializar alguns produtos, e, por esse motivo, deve ser racional em momentos de negociações.
“Tenho de conseguir que a Argentina e o Brasil comercializem”, afirmou Milei. “É ótimo vender gás para o Brasil. Quer dizer, não vou ser amigo de Lula, mas tenho uma responsabilidade institucional. Estou encarregado de defender os interesses da Argentina.”
O argentino lembrou que , que ocorreu neste mês, no Rio de Janeiro. Um fato que chamou a atenção foi o momento em que os dois presidentes se encontraram e se cumprimentaram.
Na ocasião, ambos trocaram cumprimentos frios, sem abraços nem sorrisos. , cuja legenda dizia: “É melhor manter os esquerdistas e os comunistas longe”.
Milei chegou a compartilhar a publicação em sua conta oficial do Twitter/X. Ainda ao The Economist, ele falou sobre o acordo feito entre seu ministro da Economia, Luiz Caputo, e seu homólogo Fernando Haddad.
O acordo prevê uma compra de 2 milhões de metros cúbicos por dia de gás argentino pelo Brasil. Espera-se que essa quantidade aumente para 10 milhões de m³/dia dentro de três anos e alcance 30 milhões de m³/dias até 2030.
Fonte: revistaoeste