A gestora de investimentos e a Bloomin’ Brands, dona das marcas Outback Steakhouse, Abbraccio e Aussie, anunciaram nesta sexta-feira, 8, acordo de compra da operação dos restaurantes no .
Segundo a Vinci, que possui mais de R$ 300 bilhões em ativos sob gestão, a parceria é de longo prazo. A gestora ficará com 67% do capital social da operação das marcas no país, enquanto a Bloomin’ Brands, que seguirá sócia no negócio, deterá 33%.
As empresas firmaram contrato por R$ 1,4 bilhão, que reflete principalmente o valor total da empresa no país, de R$ 2,06 bilhões. A Vinci vai pagar o valor em duas parcelas: primeiramente 52% na data de fechamento e 48% no primeiro aniversário, um ano depois.
As companhias anunciaram o acordo no mesmo dia em que a dona do Outback divulgou seus resultados globais do terceiro trimestre. Os números mostraram recuo anual de 3,8% na receita, e de 82% no lucro diluído por ação.
Segundo o balanço da empresa, uma das maiores quedas de vendas foi justamente no Outback do Brasil. Além da diminuição das vendas, o efeito da conversão da moeda brasileira ao dólar americano prejudicou as receitas totais da empresa, segundo o balanço, e pela diferença líquida entre fechamento e abertura de restaurantes.
Em comentário no balanço, o novo diretor-presidente da Bloomin’ Brands, Mike Spanos, falou sobre a venda da operação no Brasil. “Estou entusiasmado em anunciar nossa parceria de franquia no Brasil com a Vinci Partners. Estou confiante de que nossa escala e liderança de marca no Brasil, combinadas com a experiência local da Vinci, aumentarão o potencial de crescimento futuro”.
A Bloomin’ Brands já vinha analisando estratégias para driblar os desafios no país. A venda de sua operação no Brasil não estava descartada. O aviso sobre essa busca por alternativas, contudo, gerou especulações sobre a saída da marca do país.
Em junho, na reinauguração do primeiro Outback em terras brasileiras, no rio de janeiro, a companhia fez questão de frisar que isso não aconteceria. Agora, a empresa trabalha com a possibilidade de vender o restante de sua fatia no Brasil em 2028.
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No país desde 1997, a Bloomin’ Brands espera contar com a experiência que a Vinci tem no Brasil no setor de alimentação, já que a gestora também tem investimentos em marcas como Burger King, Domino’s e Camarada Camarão.
Fonte: revistaoeste