A partir de 20 de janeiro de 2025, uma segunda-feira, dia em que o governo de assumirá novamente o comando da , a área de política externa já tem uma missão bem definida: pressionar a Venezuela.
Membros do Partido Republicano receberam instruções de dar atenção total ao regime de . Por trás da energia a ser dispensada está um objetivo muito claro: reunir forças na América Latina para desestruturar o sistema vigente em Caracas.
Nesse contexto, fontes diplomáticas sugerem que o governo brasileiro, aliado da ditadura venezuelana, se prepare: Trump vai exigir o apoio e o esforço de Lula em manobras para neutralizar o poder de Maduro e restabelecer a democracia no país sul-americano.
Embora o partido de Trump tenha ficado relativamente satisfeito com a postura do Brasil, ao não reconhecer formalmente a vitória de Maduro nas eleições de julho deste ano, isso é pouco. Os republicanos querem uma atuação mais clara e incisiva.
Por trás dessa exigência está um plano que tem relação direta com a estratégia econômica do novo mandato de Trump. Isto é, depender menos do petróleo importado do Oriente Médio.
A Venezuela é dona das maiores reservas de óleo no mundo. Contudo, sua instabilidade política, principalmente em relação aos Estados Unidos, inviabiliza um abastecimento mais barato e estável. Logo, quebrar as barreiras impostas por Maduro seria um importante passo na política energética.
Conforme análise de parlamentares republicanos, o governo Trump vai fazer o que o governo Joe Biden não teve competência, ou seja, destravar o fluxo entre os dois países. Os democratas até negociaram um acordo com Maduro. Apesar disso, não houve resultados efetivos.
O Acordo de Barbados, por exemplo, firmado em outubro de 2023, estabelecia eleições livres na Venezuela em troca da suspensão de quase mil sanções norte-americanas ao regime do ditador Maduro. Contudo, segundo a avaliação de conselheiros de Trump, Maduro enganou Biden e promoveu eleições que parte da comunidade internacional classifica como fraudulentas.
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A equipe de Trump vai tentar negociar, dizem analistas. Mas isso se daria dentro de uma temperatura mais elevada do ponto de vista diplomático. A ideia é construir e fortalecer uma coalizão regional, em que se descartam hipóteses de conflito armado, mas consideram-se fortemente a participação e a influência do Brasil no processo.
Fonte: revistaoeste