Após 20 anos em situação semelhante à escravidão, um idoso foi resgatado e agora tem o próprio lar, inclusive em seu nome. O sonho de viver na própria casa se realizou para um homem, de 67 anos, que morava com a mãe, de 91, em condições insalubres e inacreditáveis, em são josé do Rio Preto, no interior de São Paulo.
A identidade do homem foi preservada a pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT). Por ordem da Justiça, o antigo patrão, que foi condenado, recebeu a sentença de transferir um imóvel para o nome do homem e pagar a aposentadoria dele.
“Finalmente, após quatro anos de idas e vindas conseguimos a transferência do imóvel para o trabalhador, com a casa devidamente reformada. O terreno onde a casa está localizada, bem como toda a área construída, agora pertence a ele”, comemorou a procuradora Celeste Maria Ramos Marques Medeiros.
Finalmente, a vida
A procuradora Celeste Maria Ramos Marques Medeiros disse que agora a expectativa é que o homem e sua mãe tenham alguma qualidade de vida.
“Esperamos que ele e sua mãe, agora com 91 anos, usufruam do imóvel, cuja posse é mais do que merecida, após anos de sofrimento, exploração e trabalho não remunerado”, afirmou ela.
A ação, que garantiu os direitos do trabalhador foi conjunta entre o Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e defensoria pública da união (DPU), que atuaram em parceria.
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O resgate em São José dos Campos, SP
O idoso foi resgatado em 2020. Ele morava com a mãe em um casebre dentro de uma fazenda, em um imóvel sem condições humanas. Para agravar a situação, ele não recebia folgas e pagamento há 20 anos.
A casa onde viviam não tinha geladeira e nem fornecimento de água. Ele e a mãe dormiam debaixo de lonas durante a época de chuvas porque chovia no local. Também não havia móveis. O idoso trabalhava diariamente, das 5h às 18h.
A condenação
Quando o homem foi resgatado, o patrão dele foi preso e sentenciado.
Ele se comprometeu a reformar o imóvel e passar a moradia e parte da propriedade para o nome do trabalhador, como forma de compensação pelos anos de sofrimento, segundo o G1.
Que esse senhor tenha agora a vida digna que merece.
Fonte: sonoticiaboa