Nos primeiros 9 meses de 2024, foram registrados 278 casos de câncer de mama em Mato Grosso, no mesmo período em 2023 foram 671 diagnósticos segundo dados da Secretária de Estado de Saúde (SES). Mesmo com uma redução significativa nos números, a situação não deixa de ser alarmante, visto que é a doença que mais mata mulheres.
Em entrevista ao , o oncologista Bruno Heringer, explicou que o diagnóstico precoce salva vidas, mesmo quando a situação se trata de um tumor maligno. Para ele, a descoberta e o tratamento de sucesso ainda deve estar alinhado com o psicológico do paciente.
“O diagnóstico precoce é o principal fator na chance de curar, independente do tipo de tumor maligno, caso descoberto sob forma inicial à mamografia antes de tornar-se palpável ao autoexame, as chances de cura chegam próximas a 100%. O fator psicológico, na fase de tratamento medicamentoso, talvez seja um dos principais envolvidos em aumentar as taxas de cura”, explicou.
O câncer de mama são mais descobertos em mulheres entre 45 e 64 anos, mas segundo o doutor, além da idade, existem outros fatores de risco associados a doença.
“O principal fator, como acontece em quase todas as neoplasias malignas do nosso corpo, é a idade. Mas, ha também outros comprovados como obesidade, principalmente após a menopausa, sedentarismo, consumo de bebida alcoólica, hormonais, primeira menstruação antes de 12 anos, não ter tido filhos, primeira gravidez após os 30 anos, não ter amamentado, parar de menstruar após 55 anos e não ter feito reposição hormonal pós-menopausa”, pontuou.
Em Mato Grosso, a maioria dessas pacientes diagnosticadas moram em Cuiabá, Rondonópolis e Várzea Grande, felizmente o estado é referência no tratamento em 3 cidades, somente na capital são dois hospitais e no interior mais dois.
Basicamente, estágio I ao IV, onde há cura até o estádio III. Todo tumor somente localizado e ainda menor que 1cm, pode ser tratado inicialmente por cirurgia. Aqueles maiores ou já presente na axila, recebem tratamento baseado na informação de qual daqueles 3 tipos, comumente até iniciando com medicamentos antes de se operar.
Toda cura envolve o tripé: 1- cirurgia; 2- medicamentos: quimioterapias direcionadas ao sub-tipo, e/ou os bloqueios hormonais; 3- a radioterapia. A sequência, quantidade, e escolha, variam de acordo com cada caso, sempre envolvendo o tamanho inicial, o tipo de câncer, idade, e as co-morbidades (doenças prévias) que a pessoa possua.
Fonte: gazetadigital